segunda-feira, 26 de maio de 2014

Manifesto da 6ª Peregrinação Nacional da Família

Manifesto da 6ª Peregrinação Nacional da Família
As famílias brasileiras, uma grande representação delas presente na 6ª Peregrinação Nacional da Família, em Aparecida (SP), mais uma vez lamentam e ficam profundamente indignadas com a posição do Governo Federal que, através do Ministério da Saúde, está favorecendo a prática do aborto em hospitais públicos.
A portaria n° 415, de 21 de maio de 2014, inclui o procedimento de interrupção da gestação/antecipação terapêutica do parto, previstas em lei, e todos os seus atributos na Tabela de Procedimentos, medicamentos, órteses/próteses e materiais especiais do SUS.
É pública a elevada porcentagem de brasileiros que não aprovam a morte de crianças no seio materno, número esse que chega perto de 80%. O respeito pela vida humana e a consciência do valor e da missão da mulher brasileira são os fundamentos dessa opinião maioritária da população.
Neste momento histórico em que o Brasil é palco de manifestações de violência doméstica, mortes de filhos pelos pais, linchamentos em vias públicas, greves truculentas que perturbam a vida das cidades, é um escândalo, protagonizado pelas elites que comandam nosso país, essa portaria que destina verbas públicas para mais um ato agressivo contra a vida das crianças.
Esse estilo violento de vida, segundo o qual vale tudo para conseguir satisfazer os interesses de minorias, gera uma sociedade desumana.
Nós, famílias brasileiras, queremos seguir a luz de Cristo e a sabedoria do Evangelho, para viver o amor que humaniza e que introduz a solidariedade e a paz na convivência social.

Aparecida, 24 de maio de 2014.

sábado, 24 de maio de 2014

4º Simpósio e 6ª Peregrinação Nacional da Família (3)

Na parte da tarde...



Os trabalhos na parte da tarde começaram com uma emocionante apresentação musical do PEMSAPrograma de Educação Musical do Santuário de Aparecida, com diversas obras consagradas da música popular e religiosa nacional e internacional, como "Romaria" e "Panis Angelicus".
 
Pe. Rafael Fornasier avisou que todas as palestras estarão disponíveis nos canais do You Tube: Comissão Nacional de Pastoral Familiar ou Pastoral Familiar Nacional para fácil acesso de todos.


 
2ª pregação
Instrumentum Laboris
Dom Piatek apresentou o instrumento de trabalho do Sínodo, que foi lançado no dia 09 de maio. Ele está dividido em três partes e 116 parágrafos. A primeira parte fala sobre o anúncio do Evangelho para a Família no mundo contemporâneo, a segunda sobre a Pastoral Familiar e seus desafios e o a terceira parte sobre a abertura à vida.
A introdução explica sobre os sínodos que acontecerão sobre a família e como eles vão na linha do sínodo anterior sobre a Nova Evangelização – que passa também, claro, pela família. Relembra o questionário feito em todas as dioceses do ano passado.
1ª PARTE
Na primeira parte o documento começa trazendo a fundamentação teológica sobre o desígnio de Deus sobre o Matrimônio e a Família. Apresenta a beleza do amor humano e o matrimônio monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Mostra Jesus que se encarna no seio de uma família, exatamente para santifica-la. Relembra a carta aos Efésios que fala do matrimônio como um grande mistério – reflexo do amor de Deus pela humanidade -- e como um carisma. Depois desta fundamentação bíblica, vem citações de diversos documentos do Magistério da Igreja, especialmente a segunda parte da Gaudium et Spes, em que o casal é chamado a se santificar na vida matrimonial. Cita, ainda, a Humane Vitae, de Paulo VI e todos os documentos e catequeses de João Paulo II, com ênfase especial na Familiaris Consortio.
Na segunda parte, já aparecem os resultados das pesquisas feitas na Igreja de todo mundo pelo matrimônio e da família. As respostas apontam que o conhecimento sobre as bases bíblicas sobre o matrimônio e a família ainda são muito falhos. Pediu-se maior preparação dos padres apara ajudarem na instrução dos fiéis neste sentido. O mesmo acontece com a falta de conhecimento também sobre os documentos da Igreja e o que ela prega sobre o matrimônio e a família. Há muita confusão sobre estas questões entre os próprios batizados: contracepção, fidelidade, virgindade, fecundação artificial, divorcio, homossexualidade, etc. O documento aponta como dificuldades: a secularização, falta de uma experiência de Deus mais profunda, a sociedade ensina uma coisa e a Igreja outra completamente diferente, cultura hedonista, influência da mídia, cultura do descartável, etc...
Na terceira parte, no campo da lei natural, vemos um terreno bastante complicado. É preciso aprofundar a questão da lei natural (que não é simplesmente fazer o que é “espontâneo”). O quarto capítulo da primeira parte é sobre a família e a vocação da pessoa em Jesus Cristo, mas deve se inspirar neste ícone da Santíssima Trindade que é a família de Nazaré. A Igreja precisa acompanhar as famílias cristãs neste momento de crise com uma formação contínua dos leigos.
 
2ª PARTE
A Pastoral Familiar, especialmente, os pastores: bispos, padres, religiosos e leigos engajados, devem se preocupar com questões como a preparação para a recepção do matrimônio em forma de um itinerário que comece desde a Iniciação Cristã e o fomento da espiritualidade conjugal e familiar.
A segunda parte fala do agir à luz da fé que precisa ser resgatada nesta crise que vivemos hoje em que se apresentam desagregação, pobreza, consumismo, vícios, depressão, individualismo, violência, contra-testemunho das pessoas da Igreja, etc. Depois o documento trata de situações pastorais difíceis, como recasados, irregularidades canônicas, famílias monoparentais, etc.
 
3ª PARTE
A abertura à vida e a responsabilidade educacional dos pais para com sua prole é o tema deste terceiro capítulo. Recorda a Humanae Vitae, que não é conhecida mesmo entre os católicos e conclui falando da educação dos filhos, que não pode ser terceirizada. Esta é uma dificuldade especialmente para os jovens casais que, muitas vezes, eles próprios vêm de um geração que não teve orientação adequada. A família que reza, que estuda e que permanece unida a Deus será luz para mundo.


 
Em seguida Dom Antonio Augusto falou sobre a desumanização da sociedade. O Papa Francisco na sua Exortação “A Alegria do Evangelho” disse: “é no contexto no qual vivemos e agimos que o Bom Pastor conhece as suas ovelhas.”. Todos nós somos pastores e ovelhas, mas somos contextualizados. Ou seja, vivemos dentro de uma realidade que deve ser amplamente conhecida. O papa nos exorta a não nos perdermos em “excesso de diagnósticos,” mas nos pede que tenhamos um olhar de discípulo que vê com a luz de Cristo e na sabedoria do Evangelho. Jesus veio restaurar o projeto de Deus que se perdeu por causa do pecado. Veio ao mundo para resgatar nossa própria humanidade. Sim, vivemos um processo de “desumanização”, diz o papa e somente nisso devemos nos concentrar.
Por exemplo, a alegria de viver que é saudável, vem hoje contaminada pelo medo e pelo desespero. Em vez do respeito, vemos a violência verbal e física... Os animais sobrevivem; nós vivemos. Mas o que observa-se hoje é uma lita para sobreviver e acabamos nos esquecendo de viver. O Papa fala que chegamos num tal nível de desumanização que o ser humano virou um objeto. Pensa-se: “Quanto custa ter um filho hoje?” – os filho estão condicionados aos orçamentos...
Devemos, enquanto Igreja, ajudarmos a humanizar o mundo: humanizar a saúde, a educação, ... Para tal, três propostas do nosso trabalho pastoral:
1- Só se pode ser verdadeiramente humano quando não se valoriza o lado material – é preciso moderação e desprendimento. O ser humano não pode ser valorizado por sua produtividade. O mundo de hoje vive a idolatria do dinheiro. Não valemos pelo que nós temos, mas pelo que nós vivemos...
2- É preciso que também nós tenhamos a responsabilidade de criar cultura. A fé cria cultura; do contrário, não é fé. É preciso projetar-se para criar uma cultura humana e que humaniza todos os campos das relações sociais. Não basta ser só teoria: é preciso virar costume. Especialmente a cultura da acolhida, e não da discriminação, da indiferença, da competição, do descarte... não podemos ser só espectadores diante deste cenário.
3- Exaltemos o que é próprio da família, o valor dos vínculos familiares: o único âmbito em que os vínculos não se apagam mais. Um filho sempre será filho, um irmão será sempre um irmão. No processo de desumanização estão querendo esmaecer os vínculos familiares. Precisamos ter cuidado até com os termos que usamos: “companheiro”? Não... é meu marido! “filhote?” Não... é meu filho! Cuidado com essas pequenas coisas que vão entrando sem percebermos. A família é o espeço da pertença e da entrega. Sejamos, então, ovelhas e pastores contextualizados e que saibamos cuidar bem destes três aspectos.


 




 
O simpósio teve ainda os testemunhos de dois casais e o resumo dos trabalhos feito por Dom Petrini. Neste momento, ele pediu que Pe. Rafael Fornasier lesse o Manifesto da 6a Peregrinação (que será divulgado na íntegra, em breve) com uma palavra de repúdio ao fato do governo ter liberado para o SUS o aborto dos casos não-penalizáveis na lei civil atual, com o eufemismo torpe de "interrupção terapêutica da gestação".
 A conclusão foi com a procissão com recitação do terço saindo do Centro de Eventos até o Santuário, onde foi celebrada a Missa das 18h já em intenção à Peregrinação. No domingo, dia 25 de maio, também todas as missas do Santuário serão em ação e graças pelas famílias.
 

4º Simpósio e 6ª Peregrinação Nacional da Família (2)

1ª Mesa Redonda (parte da manhã)



Padre Adehmar, do Regional Leste I, o casal coordenador Roque e Verônica fez a primeira reflexão sobre o tema central do simpósio:

“Família: Caminhar com a Luz de Cristo e a Sabedoria do Evangelho”
Não podemos viver somente com aquilo que o mundo nos oferece, é preciso buscar algo mais, que alimente nossa espiritualidade. Mas o que é a luz de Cristo e como aplicar esta realidade e na minha família? A luz é a energia e a influência divina que nos chega por Cristo que dá luz e vida a todas as coisas. A luz de Cristo procede da presença de Deus, é a luz que dá vida a todas as coisas. Esse poder é uma influência benéfica em todas as criaturas e leva todas as pessoas a descobrirem o Evangelho. Nas Escrituras a luz de Cristo nos leva a entrarmos na presença de Deus. Jesus se declara a luz do Mundo. Onde, hoje, estamos precisando desta luz?
Eu mesmo sou luz em todos os ambientes em que vivo? Escolhemos e acolhemos a luz de Cristo. Deixemos esta luz entrar em nossos corações. Em Mt 5,13, Jesus nos convida a sermos sal da terra e luz do mundo. A luz é crucial em nossas vidas e não nos sentimos muito bem na escuridão. São muitas as histórias de medo e insegurança: ficamos receosos no escuro, andamos com dificuldade ou até nos paralisamos. Mas a partir do momento em que acendemos a luz, o temor desaparece e nos movimentamos com destreza. A luz é este símbolo poderoso do que é Deus (cf. I Jo 1, 5). Jesus é a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte. As trevas ao longo da Sagrada escritura representam a ruptura do homem com a presença de Deus pelo pecado. Só a luz tranquiliza e santifica o ser humano. Precisamos da Luz do Evangelho, da proposta de Jesus. Ao reconhecer isso, também nós nos tornamos Luz. Assim como a lua reflete a luz do sol, também nós devemos refletir a luz de Cristo (cf. Mt 5,15). A luz que temos dentro de nós não é para ser escondida timidamente, mas para ser oferecida aos outros para que também eles possam ser inundados por ela. Ser luz é ser testemunho de que uma vida com Cristo vale a pena e é mais feliz. A igreja tem a missão de iluminar a todos os povos com essa luz, que deve resplandecer sobre seu rosto.
Para melhor entendermos a sabedoria do Evangelho, comecemos por Jo 1:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava junto de deus no princípio. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. [O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. João dá testemunho dele, e exclama: Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.”
Essa é a teologia joanina: o Deus absoluto junto ao qual encontro sua Palavra, o Filho. A luz resplandece nas trevas e as trevas, mesmo que sejam grande, são sempre vencidas pela luz. Se a vida é a luz dos homens, então, as trevas são a morte. Compreendemos, assim, que a vida sempre prevalecerá sobre a morte. Tudo provém de Deus. Ef 4,5: Deus é a substância única de todas as coisa, porque tudo o que existe, existe em Deus.”. A vida é a manifestação da divindade de Deus e do seu amor. Neste simpósio viemos não somente para rezar, mas para refletirmos sobre nossa caminhada e como a luz de Cristo pode iluminar nossa caminhada. Diante dos desafios da vida em família é uma ilusão viver sem Deus.
Não adianta a humanidade desenvolver-se tecnologicamente, mas precisa se fortalecer no amor. Esse evento possibilita a visibilidade de todos nós que acreditamos que a família é dom de Deus e base da humanidade. A melhor forma de denunciar é anunciar. Nossa função e missão como Pastoral Familiar é de enaltecer as famílias, estejam como estiverem, sem preconceitos.
A primeira e mais bonita família é a Trindade Santa, que se reúne para criar o homem e a mulher e proclama que isto era “muito bom”. A família perpetua a imagem e semelhança de Deus. Pela família o verbo se tornou carne. Por isso, precisamos de uma Pastoral familiar inteligente e corajosa. O amor entre um homem e uma mulher é o que mais se aproxima do amor divino. É dele que nascemos. Numa das pinturas do Santuário, logo após o nicho de Nossa Senhora, podemos aprender que devemos ficar atentos à presença do Cristo Luz e nos deixarmos envolver por sua misericórdia.


 
Em seguida, foi a vez da escritora Amélia Prado que deu seu testemunho pessoal e também da sua experiência no Movimento Familiar Cristão na década de 60:
 
Há um senso universal de que todas as pessoas querem ser felizes. Não podemos atuar nas família se não levarmos em conta cada pessoa que a constitui. Até as famílias cristãs são postas à prova pelo mundo de forma cruel, pela perda dos valores. Não podemos “jogar sal sobre carne podre” – a família precisa de uma profunda renovação. A resposta para tal missão está na Palavra de Deus, especialmente pelos Evangelhos.
É interessante notar que Jesus nunca se dirigiu especificamente às famílias, mas, sim, às pessoas, ou seja, era contato bem personalizado. Lembremos os exemplos dos encontros com Zaqueu, no choro sobre Jerusalém, com a Samaritana, com o casal das Bodas de Caná, a pesca milagrosa com Pedro, a hemorroíssa... em todos estes casos Jesus estava inteiramente atento à pessoa do outro. Jesus personaliza a compaixão. Isso reflete uma compaixão quase feminina da personalidade de Cristo. Se essa compaixão é impossível restaurar a família, e temos que começar pelas nossas próprias famílias! Isso é amor, salvação e cura de doenças de relações. Se esse passo não há pastoral ou psicologia que dê conta.
Reforçar bem os papéis de cada um. Por exemplo, o da mulher de servir no anonimato, assim como faz o Espírito Santo:
“Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja,
vossos sete dons
Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna!
Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!”
(Sequência da Missa do Espírito Santo)
A família não pode delegar sua função educativa a terceiros... A nossa maior peregrinação começa dentro e casa, no sairmos de nós mesmos, e irmos ao encontro do outro. Cito o seguinte poema:

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes. Eu não.
A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas" e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir.
Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva.
(Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252)

Quando não há presença, não há atenção real. A mulher que não se abrir para o seu papel feminino, sua família não terá bom futuro. O marido pode e deve ajudar, mas não podem se inverter completamente. O marido “bonzinho” não me afirma como mulher. Precisamos de maridos bons! Não que sejam machões, mas que tenham o seu “lado feminino” bem resolvido. É claro que haverá conflitos e eles são necessários para que os pontos negativos venham à tona e que tudo se renove. Os afetos e os amores precisam ser reais. Amar é o principal: a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Parece simples, mas é a morte do ego.



A terceira exposição sobre a espiritualidade na família ficou por conta do bispo de Tocantins, Dom Antonio:

Pela leitura do milagre das Bodas de Caná, pensemos na palavra espiritualidade. O homem bíblico não entendia cientificamente os mecanismos da respiração, mas sabia que se não respirarmos, morreremos. Em grego e em aramaico, o espírito é o ar, é o oxigênio de Deus que nos dá a vida. A vida que Deus vive também pode viver em nós. Isto é verdadeiramente espiritualidade. O ar de Deus deveria entrar dentro da minha vida e impregnar todas as minhas ações e inspirações.
 
Jo 1, 43: “No dia seguinte...” Jo 1, 35 “ No dia seguinte...” 1, 29: “No dia seguinte..” E no texto de Jo 2: No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia.”
Quando o homem e a mulher foram criados isso aconteceu no sexto dia. Quando Jesus começa a aturar ele cria um novo homem.
 
“E lá se encontrava a mãe de Jesus. Também Jesus foi convidado para a festa junto com seus discípulos.”
O casamento se tornou retrato humano do amor de Deus, uma ressonância do amor de Deus ao seu povo, de Cristo por sua Igreja. Foram festejar não só o amor humano, mas a celebração do amor de Deus por seu povo.
 
“Faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho.”
O vinho tinha uma linguagem muito forte na cultura daquela época. Se faltasse vinho, significaria que faltaria amor...
“Respondeu-lhe Jesus: Mulher, que te importa isso a mim e a ti? Minha hora ainda não chegou” Jesus a chama de mulher porque lembra da “mulher” do Gênesis. E afirma que este problema não toca a eles porque, de fato, a eles não faltava o amor...
 
“Maria disse ao servente: “Fazei tudo o que ele vos disser.”
É preciso fazer tudo o que Jesus diz se quisermos que nossa vida, nossa família seja a festa do amor.
 
“Havia ali seis talhas de pedra, contendo cada uma dois ou três barris, usadas para a purificação dos judeus. Jesus lhes disse enchei as talhas de água. Eles as encheram até a borda.” As talhas estavam vazias, porque faltava realmente tudo. E os servos fizeram exatamente como Jesus havia lhes falado. Eles ouviram e agiram com toda disposição.
 
“Disse-lhes então: levai-a ao mestre de cerimônia. E eles levaram. O mestre de cerimônia provou a água transformada em vinho e não sabia de onde viera, embora os serventes soubessem. Ele chamou o noivo e disse: É costume servir primeiro o vinho bom e depois que os convidados já estão embriagados servir o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.”
Reparem que o mestre de cerimônia que era o responsável pela festa nem havia percebido que o vinho faltara... Não podemos deixar que nos passem despercebidos em nossa vida familiar as faltas de amor.
 
“Deste modo iniciou Jesus em Caná da Galiléia os seus sinais. Manifestou a sua glória e seus discípulos começaram a crer nele.”
É nas talhas da purificação, ou seja, na conversão que as verdadeiras transformações acontecem. É lá dentro, lá no fundo que precisa haver mudança. Jesus se manifestou neste prodígio que é mais do que simplesmente material (água transformada em vinho). Pensemos em uma placa que me envia a um destino: como o sinal que me envia para uma realidade ainda mais grandiosa. Jesus manifestou a sua glória – não no sentido de grandeza triunfalística – mas, sim, o seu amor. Ele manifestou o quanto amava o povo. Amar sempre em primeiro lugar, sem sermões ou punições. Primeiro, amar! E então os discípulos creram... se nos amarmos e se vivermos o amor, principalmente onde parece impossível, é que os outros crerão em Deus.
 
Este milagre acontece numa família que já começa vivendo a dor, porque o amor dói... E ninguém se converte se não passa por essa dor do amor. Quando cuidamos mais da nossa espiritualidade amamos mais, nos queixamos menos... porque é o Espírito que nos move! Vento parado não existe e nem se pode frear seu movimento. “Fazei tudo o que eles vos disser” é fundamental para a espiritualidade matrimonial e familiar. Como seria bom ouvir o que Deus tem a nos dizer através da leitura orante da Palavra de Deus vivida em família. Assim, não faltará vinho no casamento.

4o Simpósio e 6a Peregrinação Nacional da Família (1)


Boas-vindas
Depois das boas-vindas de Padre Rafael Fornasier, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, a mesa de abertura do Simpósio foi composta por Dom Raymundo Damsceno, Dom Petrini e o novo casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Roque e Verônica. Dom Raymundo Damasceno afirmou que este dois eventos – o 4º simpósio e a 6ª peregrinação nacional da família -- que vêm ganhando cada vez mais força, ressaltam nossa fé no valor da família e se inserem também no contexto da preparação para os dois Sínodos – o extraordinário , em out. 2014 e o ordinário, em out 2015 – que terão como temas as ações pastorais da Igreja para com a Família. Lembrou, ainda, São João Paulo II que afirmou que o futuro da humanidade e da Igreja passam pela família, pois ela é a fronteira da Nova Evangelização. Aproveitando o tema do simpósio “Família: Caminhar com a Luz de Cristo e a Sabedoria do Evangelho”, Dom Raymundo ressaltou que pela vida e pela palavra, a família é a educadora fundamental da sociedade. E finalmente, rezou para que Sagrada Família nos acompanhe, especialmente nesta caminhada para os Sínodos e que este dê muitos frutos.
Dom Petrini invocou a proteção da Virgem Maria sobre todas as famílias que são tão agredidas pelas forças que tentam destruí-la. Rogou que sempre mais saibamos encontrar as razões pelas quais amamos e defendemos a família: “Vemos um mundo cada vez mais desumano, uma desumanidade que atinge a família com violências e brutalidades, até manifestações de protestos na humanidade em que depredações se tornam válidas para defender interesses de certos grupos. Vale tudo e Deus acaba sendo ignorado. Queremos pregar o caminho da paz. Da verdadeira sabedoria que vem do Evangelho, para que possamos propagar o amor, o amor que chega ao sacrifício, que se doa para o bem do outro.”, proclamou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família.
O casal coordenador Nacional, que são oriundo de Mato Grosso do Sul (regional Leste II), deu as boas-vindas a todos os presentes e lembrou a todos da nossa responsabilidade de levarmos todas as reflexões aqui feitas para nossas dioceses de origem.

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Programação de Aparecida

4º Simpósio e 6ª Peregrinação - em Aparecida do Norte
Dias 24 e 25 de maio de 2014
TEMA: Família: caminhar com a luz e a sabedoria do Evangelho
Local: Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida - Santuário Nacional de Aparecida.
 
Programação do Simpósio:
8h00 - Recepção
8h30 - Abertura – animação
8h45 – Composição de mesa
9h00 – Palavra de Dom Damasceno; (Dom Darci); Dom Petrini.
9h30 – Composição da mesa redonda
9h40 – Falas – Dom Antônio Peruzzo; Adélia Prado; Casal coordenador nacional
11h15 – animação musical
11h20 – perguntas e respostas
11h50 – Síntese
12h00 -Almoço – Angelus – Dom Piatek
13h30 - Animação 14h00 – Dom Piatek e Dom Antônio
14h30 – 1° Testemunho 14h40 – Teatro dos jovens
15h00 – 2° Testemunho 15h10 – 3° Testemunho
15h30 –Mensagem (assessoria da CEPVF)
15h40 – Dom Petrini
16h00 - Forró
16h30 - Pausa
17h00 -Terço e procissão luminosa
18h00 Missa – Dom Damasceno – abertura oficial Peregrinação

terça-feira, 20 de maio de 2014

Formação de Lideranças

 
No último sábado, dia 17 de maio, aconteceu o curso de formação de lideranças pastorais, promovido pela Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio. O encontro aconteceu no Edifício João Paulo II. Dom Antônio Augusto e Roberto Flávio foram os palestrantes do dia, que teve como tema "Exercendo a liderança no amor e na fé". Roberto Flávio e sua esposa Christina ainda distribuíram um interessante manual de bolso da liderança cristã: muito útil e de fácil acesso!




 
 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Encontro no Vicariato Norte

Compartilhamos fotos da reunião com os coordenadores paroquiais de Pastoral Familiar do vicariato norte, no mês de maio, que contou com um momento especial de formação.
 

 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dia Internacional da Família

 
O DIA DA FAMÍLIA é uma data internacionalmente conhecida, comemorada em 15 de maio, desde 1994. Nesta data, a ONU (Organização das Nações Unidas) celebrou o ano internacional da família, através do tema “Família, Capacidades e Responsabilidades num Mundo em Transformação”.
A família é composta por pessoas ligadas através de laços sanguíneos, constituída por todos os parentescos, como pais, avós, tios, primos, netos, sobrinhos, dentre outros.
Antigamente as famílias eram patriarcais, se apresentavam com um núcleo composto por marido, mulher e filhos. Os pais eram muito distantes dos filhos, quase não conversavam com os mesmos e eram tidos como os chefes das famílias, tendo que ser respeitados por todos. Era um tempo muito severo.
Hoje em dia as famílias se transformaram muito, em razão das mudanças socioculturais, econômicas e religiosas. Os fatores que mais influenciaram na transformação das famílias foram as modernidades, as conquistas da mulher no mercado de trabalho. As mulheres não se encontram mais dependentes dos maridos, conseguem se manter financeiramente e por isso o número de divórcios aumentou muito nos últimos anos. Nesta data é importante que as pessoas revejam seus conceitos sobre família, assim como os papéis de cada um dentro dessa, pois temos visto problemas familiares sérios, em razão das pessoas casarem e não assumirem suas responsabilidades dentro do lar. São homens que priorizam outras atividades e deixam mulheres e filhos sozinhos em casa, assim como mulheres que não querem assumir o papel de esposa, tomando as responsabilidades da casa, mesmo trabalhando fora.
É muito importante a vida em família, pois as pessoas necessitam umas das outras. Além disso, compartilhar momentos de afetividade com os parentes só faz bem para as pessoas, traz proximidade, calor humano, harmonia, amor, carinho, sentimentos que as pessoas precisam para serem felizes.
(Fonte: www.brasilescola.com)

domingo, 11 de maio de 2014

Feliz dia das mães!

A Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio de Janeiro deseja parabéns a todas as mães, não só neste dia, mas em todos os dias do ano. Que Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe, seja seu modelo e sua intercessora. Nossa Senhora que conhece todas as alegrias e desafios de ser mãe, caminhe sempre ao seu lado.
Feliz dia das mães!
Amém. 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Para refletirmos sobre as mães...


Já viu estes vídeos? São muito bons! Uma campanha publicitária acertou em cheio nestas histórias de amor e emoção sobre mães que exercem a sua maternidade de diferentes formas. Vale muito a pena assistir e compartilhar. Mesmo se o seu inglês não for tão bom, dá para entender pois a linguagem do amor é universal.




E tem mais: você ainda pode ver a explicação sobre os vídeos, clicando no link abaixo:


 
Um final de semana abençoado!

Debate sobre a finitude da vida

Pe. Leonardo Agostini e Prof.César Kuzma conduzirão o debate sobre este tema que é tão vital e, muitas vezes, angustia a muitos. Será na próxima segunda-feira, dia 12 de maio, das 10h às 12h, no Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento – CEPE (21 2334-6837 / 2334-6853), na Rua Padre Leonel Franca, 248, onde era o antigo IASERJ. A entrada é no portão depois do Planetário e antes do estacionamento da PUC, na Gávea.
Se puder, compareça e divulgue!
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

2a Marcha pela Vida

 
Milhares de pessoas compareceram à Praia de Copacabana para proclamarem o primeiro direito inalienável a todo ser humano: a VIDA!
 
A 2a Marcha pela Vida aconteceu no último domingo dia 04 de maio com apoio da Pastoral Familiar, o Movimento Pró-Vida da Arquidiocese do Rio e diversos outros organismos que defendem a vida desde a concepção até a morte natural. A marcha teve caráter suprareligioso e suprapartidário, já que a vida está acima de qualquer credo ou convicção.
 
Dom Antônio Augusto, bispo animador tanto da Pastoral Familiar como do Movimento Pró-Vida reforçou a importância da nossa participação em iniciativas como essas para proclamarmos com destemor o valor da vida e, de forma mais concreta, a aprovação do Estatuto do Nascituro, que garantirá direitos de cidadãos às crianças ainda no ventre materno.