1ª MEDITAÇÃO: ESPIRITUALIDADE FAMILIAR
Dentro da Igreja Católica há uma infinidade de tipos
diferentes de espiritualidade, baseadas em estilos de vida, nos exemplos dos
santos, nas instituições ou comunidades... na Exortação apostólica Amoris
Laetitia o papa Francisco fala de uma ESPIRITUALIDADE FAMILIAR. Ou seja, uma
espiritualidade que é própria da família, é a espiritualidade da comunhão. O
papa fala que a família é um templo da comunhão matrimonial. E aí nesse templo
habita a Santíssima Trindade. Não é uma espiritualidade de instituições ou de
carismas aplicada à família, mas própria da família mesmo, que é templo de amor
e de vida.
A espiritualidade de familiar concede aos pais, aos esposos,
aos irmãos e filhos um especial caminho de salvação. A espiritualidade familiar
assim apresentada pelo papa é uma via direta para entrar em comunhão com a
Santíssima Trindade, e é fundamentada em I Jo 4, 12:
“Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu
amor em nós é plenamente realizado.”
É a união do Pai, do Filho e do Espírito de Amor com a minha
família. Essa é uma profunda espiritualidade cristã no matrimônio e na família.
Neste retiro somos convidados a nos aprofundarmos nesta
espiritualidade e levarmos a nossa família, seguindo o itinerário do qual o
Espírito Santo se serve, para nos elevar às alturas de modo que o amor
intratrinitário seja fortificado em nós. Começando nos detalhes cotidianos de
hospitalidade, conversa, serviço, acolhimento... o lar é a hospedaria onde Deus
vem ficar. O Espírito Santo conta até com nossas fragilidades e defeitos, com
os ritmos do nosso amadurecimento humano no amor para criar esta habitação.
Não temos simplesmente uma casa ou um lar. Temos um TEMPLO.
Na oração na última página do documento, temos uma oração essa dirigida a
Sagrada Família, na qual destacamos, em especial o trecho abaixo:
‘Oração à Sagrada
Família
Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos o
esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.
Sagrada Família de
Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de
oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de
Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento
e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado
e curado.
Sagrada Família de
Nazaré, FAZEI QUE TODOS NOS TORNEMOS CONSCIENTES DO CARÁTER SAGRADO E
INVIOLÁVEL DA FAMÍLIA, DA SUA BELEZA NO PROJETO DE DEUS.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém.’
A espiritualidade familiar é a grande novidade dessa
exortação. Pode-se falar -- sem erro teológico -- que existem duas Trindades: a
do céu e a da terra. No Céu: Pai, Filho e Espírito Santo. Na terra, temos a
Sagrada Família, onde o FILHO habita por amor ao PAI e sempre assistido pelo ESPÍRITO
SANTO. Deve ser o nosso modelo. Lembremos da bonita devoção das sete dores e
sete alegrias de Maria e de José. Nossa família também pode ser a Trindade da
Terra...
E que neste retiro, o Espírito Santo nos inspire os momentos
em que devemos falar e os momentos em que devemos calar. O silêncio é
consubstancial a nossa vida. Assim, exercemos nossa atividade mais nobre: pensar,
refletir, ter lucidez para distinguir o bem do mal e a realidade da fantasia.
Em vez de ouvir conversas, vamos ouvir Deus. Retiro é retirar-se delicadamente.
Devemos falar apenas o mínimo necessário. Quando falamos, Deus se cala. Quando
silenciamos, Deus fala conosco. As palavras podem ferir as pessoas.
Vamos nos interessar com atenção e carinho a ouvir Deus. Que
seja para nós uma oportunidade de uma profunda conversão da minha
espiritualidade familiar e não apenas de algum defeito ou ponto fraco. Com
certeza, ao final do retiro, renovaremos nossa espiritualidade pessoal e
familiar.
2ª MEDITAÇÃO: ESCOLHER A MELHOR PARTE
Logo no início da exortação apostólica Amoris Laetitia, o
papa fala de uma esperança que ele deposita no mundo e em cada um de nós.
“Espero que cada um, através da leitura, se sinta chamado a
cuidar com amor da vida das famílias, porque elas « não são um problema, são
sobretudo uma oportunidade.” (AL, 7)
De fato, a vida em família é uma grande oportunidade.
Oportunidade de descobrir o amor, de trazer a Trindade para dentro da nossa
casa, de exercitarmos as obras de misericórdia. Olhemos para um exemplo bíblico
que é o lar de Betânia, onde moravam Marta, Maria e Lázaro. Conhecemos a cena
em que Marta perdeu uma grande oportunidade.
“Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com
muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa
parte, que lhe não será tirada..” (Lc 10, 41-42)
Jesus não perdeu a oportunidade de exortar Marta e Maria não
perdeu a oportunidade do tempo de Deus na sua vida para reafirmar seu amor a Jesus.
A vida está passando. Nosso tempo de vida vai escapando por nossos dedos. Se
nos descuidados, podemos estar vivendo distraidamente, ocupados com tantas
coisas mas não com o essencial. Às vezes, entramos na roda viva de fazer,
organizar, correr.... andamos inquietos, perdemos a paz interior... perdemos a
melhor parte!
Às vezes, estamos tão afogados no tempo que acabamos
perdendo tempo. Deixamos de ir ao encontro daquilo que realmente dá sentido à
vida: a riqueza interior. O que vem de fora para o qual nos dirigimos com tanto
afã, não nos enriquece. Aproveitemos oportunidades como essa -- de um retiro --
para irmos ao encontro do que é essencial.
Isso vale para a família. Há tanta oferta de tanta coisa,
que não nos sobra tempo para vivermos a melhor parte. Aristóteles escreveu a
seu filho, na obra “Ética a Nicômano” que devemos nos esforçar para viver de
acordo com o que há de excelente dentro de nós. Sábio conselho que deveríamos
seguir para não nos desgastarmos com coisas que passam. Jesus mesmo disse que o
Reino de Deus está dentro de nós (cf. Lc 17, 21b). Marta estava preocupada em
alimentar o corpo de Cristo. E não percebeu que era Cristo que queria alimentar
a sua alma.
De forma prática, isso implica em nos colocarmos na presença
de Deus desde o início do dia, começando com uma oração pessoal logo depois de
acordar. É uma boa forma de cuidarmos da morada de Deus que é cada um de nós: “Não
sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I
Cor 3,16), dizia são Paulo. É possível nos agarrarmos às oportunidades que vão
nos aparecendo durante todo o dia para vivermos o essencial que é Deus. Afinal,
como vamos amar se não nos encharcarmos na fonte do amor que é Deus?!
Uma segunda oportunidade é cuidarmos para não nos deixarmos
afastar de nós mesmos. Não são os outros que se afastam de nós. Nós é que primeiramente
nos afastamos de nós mesmos, da nossa essência, o “excelente” que existe dentro
de nós. Um grande risco neste sentido vem do ativismo, às vezes, até religioso,
que nos leva perdermos a nossa identidade, por só nos preocuparmos com coisas
externas a nós. Deus nos conhece pelo avesso e pode nos conduzir para práticas
como um bom exame de consciência, escolha de boas leituras... Mas o ativismo
pode vir sobre nós como um leão faminto a nos devorar e podemos nem perceber
esse perigo porque estamos ocupando demais para tal. Dedicarmos um tempo para
cuidarmos de nós mesmos e nos embelezarmos por dentro é fundamental. Os que se
deixam levar pelos afazeres e se descuidam de si mesmos, tornam-se pessoas
pobres, desinteressantes, tediosas, vazias. E isso enfraquece muito a vida
familiar também.
Ressalto também como é importante não perder a oportunidade
de aprofundar-se na sua vocação. Ela é o oxigênio da nossa vida. Na área da
fisioterapia respiratória é recomendado que periodicamente por dia, se façam
duas respirações bem, bem profundas para abrirmos todos os alvéolos. É como o
fenômeno do assoreamento de um lago, por exemplo, em que se depositam tantos
sedimentos no fundo, que a lâmina d´água se torna tão fina que toda vida começa
a morrer... cuidado para que o mesmo não aconteça com a nossa vocação
matrimonial. Conservá-la exige convivência, criatividade no amor... Não podemos
viver superficialmente a vocação. A vida é curta demais para perdermos tempo
com outra coisa que não seja nos aprofundarmos na nossa vocação. E quanto mais
nos aprofundarmos na nossa vocação específica, mais nos aprofundaremos na nossa
vocação batismal.
1ª PALESTRA: O INTERESSE PELA VERDADE
O Filósofo espanhol Ortega y Gasset (1883-1955) desabafou
que, de todos os ensinamentos que a vida havia lhe proporcionado, o mais
crítico, o mais inquietante e irritante é que a espécie menos comum na face da
terra é a dos homens verazes. Afirmava: “Achei tão poucos tão poucos que perco
até o ar... Uma alma necessita respirar almas afins. Uma alma que respira a
verdade, necessita respirar a verdade...”. Triste, dizia ter achado apenas
políticos.., que não veem o mundo como ele é mas como lhes convém.
Esta citação é de 100 anos atrás, mas é atualíssima. As
pessoas se interessam mais pela utilidade das coisas do que pela VERDADE das
coisas. Parece mais importante saber como utilizar as coisas que saber o que as
coisas são.
Para a sociedade atual, para a vida da Igreja, para a
profundidade da vocação é fundamental o interesse pela verdade. O que nos
interessa hoje? O que desperta o
interesse dos nossos filhos? Se algo não tiver uma utilidade imediata... não
lhes interessa. Acabamos nos preocupando com o que não é o principal.
O último recado de Jesus antes de partir para o céu foi: “Ide e ensinai todas as nações...” (Mt 28 19)
e mais: “... convém que eu vá, para que venha a vós o Espírito da Verdade...”.
Não basta oferecer atividades para os membros da minha família. Não basta a
igreja organizar shows. É preciso ensinar a Verdade, mas antes despertar o amor
e o interesse pela verdade. Não apenas a verdade útil e cientifica, mas a
verdade substancial. O que é a família?
O que são as virtudes? O que é o amor? O que é a vida? O que é um valor?
A pior mentira é a ‘meia verdade’.... por isso, vem
proliferando em nossa cultura o ‘politicamente correto’ que, na maioria das
vezes, não corresponde à verdade. A grande crise que vivemos é a falta de
interesse pela verdade. E onde se desperta o interesse pela verdade sobre o
homem é na família.
Por isso, devemos manter acesa em nós e em todos que nos
cercam a chama do interesse pela verdade, e criarmos um círculo de amigos pela
verdade, nos cercarmos de um grupo de pessoas que querem saber a realidade das
coisas e não simplesmente o que as coisas parecem ou como alguns querem que elas
sejam.
Por exemplo: O que é a família? Esse não é o debate hoje em
dia. Não o que a família de fato é, mas, sim, o que querem que a família seja
segundo uma nova visão de mundo e de organização da sociedade... não estão
interessados na essência.
A utilidade, porém, é muito mais produtiva quando se sabe a
identidade. Mas o mundo não percebe isso. A verdade é fundamental para se ter
uma vida útil. Quanto mais eu sei a realidade de fato, mais eu posso tirar bom
proveito dela, sem destruí-la. Dizem que os mais ativos na Igreja são os mais
contemplativos. Um exemplo disso é Santa Teresa de Jesus. Que praticamente
trancada dentro de um convento, mudou a Igreja e o mundo. Uma contemplativa era
tão ativa, que chegou a ser até conselheira do rei Felipe II. Só quem sabe se
interessar pela verdade, tirará proveito da realidade.
O que é interesse? É uma atitude da alma, especialmente e
concretamente, é um fenômeno da inteligência. Um fenômeno é algo que está
presente de forma bem explícita. Temos um estado de ânimo naturalmente interessado
pela verdade. A inteligência humana se interessa em primeiro lugar, não o que é
útil ou conveniente, mas pelo que é verdadeiro.
Esse fenômeno está presente em toda pessoa. O homem é um ser
(não simplesmente um animal) racional. Chamar alguém de ‘burro’ é a pior das
ofensas... e vemos hoje um emburrecimento coletivo, não só das crianças e dos
jovens, mas de toda população brasileira. Um povo emburrecido pode ser
utilizado e manipulado como se quer. Isso não vem de hoje, destes tempos de
turbulência política, mas já é de um bom tempo.
Quando eu era criança, víamos peças consagradas de teatro
brasileiro e mundial na TV. Hoje temos “Malhação”... e quanta gente descansa
deitada diante da televisão. Vemos um obscurecimento do interesse pela
verdade.
Inteligência e vontade livre são as maiores características distintivas
do ser humano. Uma pessoa que vive isso em plenitude é chamada de
‘interessante’, justamente porque tem interesse pela verdade e contagia os
outros para que também o desenvolvam. O desejo propriamente humano é o de
conhecer a verdade. A Bíblia fala que é preciso sermos pessoas de desejos
fortes.
O que é interesse? Repito. O que é o nosso impulso pela
verdade? A primeira origem da palavra interesse é do latim “inter – esse”, ou
seja, estar entre dois pontos. Entre a realidade e a virtualidade. Me inclinou
para o que é ou o que perece ser? Outra origem provável é “inter – est”, isto
é, entrar no ser. Não basta só estar entre dois polos, é procurar chegar ao
âmago do que cada realidade é.
O que se entende por verdade? Muitos discutem isso de forma polemizada. A
verdade é relativa, o que é verdade depende da pessoa, da cultura, da época, a
verdade é uma imposição da Igreja, a ciência é que nos diz o que é a verdade,
existem várias verdades,... há verdades tão falseadas e maquiadas e que são
absorvidas pelas pessoas como verdades absolutas.
O que é a verdade? É algo naturalmente desejável porque
somos seres inteligentes. É uma realidade que buscamos e queremos. É um dos
três transcendentais que buscamos descobrir e viver: a verdade, a beleza e o
bem. E não são só elementos desejáveis, mas também palatáveis e agradáveis, ou
seja, dão prazer ao ser humano. A verdade não é algo criado artificialmente,
mas é algo que o ser humano busca naturalmente e é a realidade adequada à nossa
natureza humana racional. É perfeitamente ajustável à nossa natureza, seja a
verdade das coisas, seja a verdade lógica. Não é a realidade que tem que se
conformar à minha inteligência e não o contrário. As coisas são como são e não
como eu quero que sejam. Cabe a minha inteligência conhecê-las e não distorcê-las
a partir das minhas ideias. E hoje o que mais vemos é essa arrogante filosofia
imanentista.
A verdade ética também é algo que deveria instigar a todo ser
humano. Nem todos se interessam pela metafísica, por exemplo, mas pelas
verdades lógicas e éticas e morais precisam despertar o interesse de qualquer
pessoa. Alcançar a concordância entre o juízo da minha inteligência e o que
tenho diante dos meus olhos. Quero alcançar o ajuste entre a realidade como ela
é e a minha inteligência.
Cada um de nós está não só diante de realidades, mas também
eu sou uma realidade. Devo ter interesse de me conhecer. Eu sou uma realidade
entre realidades. Quando eu me interesso por conhecer a verdade sobre mim,
torna-se muito mais forte o meu interesse por outras realidades. Se não me
importo comigo mesmo, terei interesse real e pessoal (e não simplesmente útil)
pelas pessoas.
Estamos tão acostumados com as coisas artificiais,
produzidos industrialmente quanto culturalmente, que nos esquecemos, ou
duvidamos, da beleza do que é natural.
Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, com o título: ‘Prática
do Aborto Pós-Nascimento Ganha Defensores no Meio Acadêmico’. Ora, a
universidade deveria ser o espaço onde se busca a verdade, mas podem acabar
emburrecendo as pessoas. Eis a reportagem completa:
“A ideia de matar recém-nascidos tende a causar repulsa em
qualquer sociedade civilizada, mas a crescente aceitação acadêmica do chamado
“aborto pós-nascimento” mobiliza entidades pró-vida e defensores dos direitos
da infância para o risco de uma relativização radical do direito à vida.
Motivados pela tese de que uma pessoa só pode ser considerada como tal quando
tem consciência de si, os entusiastas dessa visão consideram o homicídio
infantil legítimo e fazem seguidores.
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Debate
As reações ao estudo de Giublini e Minerva foram intensas.
Artigos criticando e rebatendo o texto foram publicados em jornais da Europa e
dos Estados Unidos, e houve centenas de manifestações na internet, o que levou
os autores a publicarem um pedido de desculpas. Eles lamentaram que o debate
tenha saído dos círculos acadêmicos e afirmaram que não estavam propondo
políticas públicas, mas fazendo apenas “um exercício de pura lógica”.
Internautas se revoltam contra campanha de revista pela
legalização do aborto
A campanha que a revista TPM lançou em novembro, em defesa
da legalização do aborto, têm resultado em diversas reações de repulsa nas
redes sociais. Para se antepor a hashtag #precisamos falar sobre aborto,
lançada pela publicação, usuários do Twitter e do Facebook lançaram a hashtag
#precisamos falar sobre assassinato de bebês e passaram a postar fotos de si
mesmos com cartazes exibindo a frase. A página de resposta à TPM, criada no dia
19 de novembro Facebook, e que tem como nome a mesma hashtag, alcançou em uma
semana cerca de cinco mil seguidores.
Ora, um exercício de pura lógica é que minha inteligência
veja as coisas como elas são. Nos choca, mas está no meio acadêmico. Nossos
jovens estão expostos a isso todos os dias. As pessoas estão se emburrecendo e
enburrecendo os outros. Como algumas vidas não são uteis é valido descartá-las.
Como urge sermos
educadores da verdade em um mundo em que o artificial atrai muito mais que o
real. A inteligência humana é manipulada para abafar nela o interesse natural
pela verdade. Some-se a isso o trabalho dos meios de comunicação para disseminar
a mentira e o erro. Mais do que nunca, cabe a cada um de nós acender e manter
aceso o desejo pela verdade.
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