domingo, 15 de maio de 2016

FORMAÇÃO SOBRE A AMORIS LAETITIA

Registros da formação do sábado, 14 de maio, promovida pela Pastoral Familiar, na sede da Arquidiocese, o Edifício João Paulo II, na Glória. O tema não poderia ser outro: a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Na primeira parte, Dom Antonio Augusto deu um panorama geral sobre o documento e, após o intervalo, focou no capítulo 08, que trata dos casos que precisam de acompanhamento personalizado. Além da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o evento recebeu também a Comissão de Pastoral Familiar do Leste I.




domingo, 8 de maio de 2016

FELIZ DIA DAS MÃES

A Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio de Janeiro deseja um feliz e abençoado DIA DAS MÃES àquelas que são um raio da luz de Deus em nossas vidas! A vocês, a nossa oração e a nossa sincera homenagem. Seja Maria, Mãe de Deus e nossa, seu modelo e seu guia na caminhada!


segunda-feira, 4 de abril de 2016

"Amoris laetitia": Exortação do Papa será publicada em 8 de abril


Cidade do Vaticano (RV) - “Amoris laetitia” (Sobre o amor na família) é o título da Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre a família do Papa Francisco.
O texto será publicado na sexta-feira, 8 de abril, e estará disponível em seis línguas, entre as quais o português. A Exortação será apresentada aos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Card. Lorenzo Baldisseri, e pelo Arcebispo de Viena (Áustria), Card. Christoph Schönborn.
Também participa da coletiva um casal italiano de professores, docentes de Filosofia: Prof. Francesco Miano, que leciona na Universidade de Roma Tor Vergata e a Professora Giuseppina De Simone, da Faculdade Teológica de Nápoles.
A coletiva poderá ser acompanhada ao vivo no Vatican Player da Rádio Vaticano, onde permanecerá disponível também on demand.
A Exortação Apostólica “Amoris laetitia” será publicada quase seis meses após a conclusão do Sínodo Ordinário sobre a Família convocado pelo Papa Francisco em outubro passado. Um ano antes, em 2014, o Pontífice convocou um Sínodo Extraordinário sobre o mesmo tema.
Depois de dois anos de intenso trabalho dos bispos que participaram dos dois Sínodos, o texto do Papa Francisco é aguardado pelas dioceses do mundo inteiro por oferecer diretrizes e linhas de ação sobre temas práticos que dizem respeito à família.

(Fonte: Rádio vaticana Brasil)

domingo, 17 de janeiro de 2016

BODAS DE CANÁ

Mais uma vez o Domingo chega até nós para desposar-nos com o Senhor de todos os tempos. Nesse domingo, o 2o do Tempo Comum,  como toda Eucaristia dominical, o Cristo nos desposa com a força da sua Palavra manifestando para toda a sua igreja, isto é, para todos nós, o seu amor esponsal, amor que deve ser expressado entre os esposos. Em outras palavras: amor como doação de vida. É esse amor esponsal que encontramos na primeira leitura do profeta Isaías. Depois de ter sido explorada por diversos povos estrangeiros a quem Israel se "prostituiu" com a sua idolatria, foi devastada e abandonada por causa das suas próprias iniquidades. Abandonando o seu Senhor, Israel foi "abandonada" por "seus senhores". Fora de Deus não há alegria. 
No entanto, YWHW, fiel à sua aliança, não abandona o seu povo "porque eterno é o seu amor e somente Ele é quem fez e faz grandes maravilhas" (cf. Sl 135,4). O Senhor no oráculo isaiano da liturgia de hoje expressa seu amor nupcial por Israel, vinha eleita e desejada por Ele desde toda eternidade. Deus mesmo vestirá seu povo qual noiva com "vestes de justiça e de salvação" (Is 61,10). Do mesmo modo como a noiva é alegria do seu noivo, Israel será alegria do seu Deus, (Is 62,5) seu verdadeiro noivo capaz de desposá-la incutindo no coração de todos os israelitas aquela alegria que é fruto do Espírito Santo (Gl 5). Afinal, fora de Deus não há alegria, há apenas ilusões. É dentro desse contexto que se insere o nosso texto evangélico de João. Iludidos com as miragens produzidas por nós mesmos, não conseguimos dar conta de situações que são de nossas responsabilidades tentados a fazer tudo independentes de Deus como Adão e Eva. 
Na perícope evangélica de hoje, o santo apóstolo nos apresenta Jesus, sua mãe e seus discípulos recém "introduzidos" na vida do Messias (Jo 1,37ss) participando de um grande festim, ou seja, um casamento, cenário onde a alegria deve ser o "oxigênio" de todos os que ali estão. Cientes também que um casamento no judaísmo ortodoxo tem a duração de uma semana e a organização deste evento é de suma responsabilidade do noivo que não poderá deixar faltar o elemento importante desse cenário evangélico: o vinho, que é muito consumido pelos convivas. Tão caro para a teologia bíblica, o vinho, "que alegra o coração do homem" (Sl 104,115) e elemento curativo para as feridas do pobre assaltado e resgatado pelo samaritano (Lc 10,34), foi exatamente o que faltou naquele casamento. Assim, a alegria cede espaço à tristeza e à preocupação. O noivo certamente deve ter ficado muito embaraçado com essa situação que lhe causaria grande constrangimento diante da comunidade judaica. Todavia, o que importa é que o Emanuel está presente. Deus está ali. E a presença da Virgem, chamada e recordada pelo seu Filho como "mulher", como verdadeira "mãe de todos os viventes" e para nós prefiguração da Igreja, intercede pelos pobres noivos, cujos corações se angustiavam. Alguns presentes assistem os primeiros sinais messiânicos acontecerem, os primeiros sinais da sua glória. Gloria que sera melhor revelada na cruz com o derramamento do melhor vinho. É importante estar diante dos nossos olhos que inicialmente o evangelista deixa claro que "no terceiro dia" após o encontro com Felipe e Natanael encerra-se em Caná a primeira semana de atividade messiânica. É em Caná, a prefiguração do locus eucarístico, que Cristo se revela como o nosso verdadeiro "nupsion" (transliterado = "noivo"); não apenas de Israel, mas do novo povo que é a Igreja. Mistericamente, Cristo nos toma e nos desposa em sua cruz como o verdadeiro lugar nupcial. Ali nos adorna com suas jóias e com vestes de justiça e salvação (Is 61,10s). Neste leito nupcial que é a cruz, Cristo nos oferece o melhor vinho que é o seu sangue. Com esse vinho melhor Ele cura as feridas da nossa alma e concede alegria ao nosso coração que triste estava. Hoje nossas igrejas se tornam como aquele lugar. 
Caná, hoje é cada paróquia onde Deus realiza seus sinais de glória através dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia. Caná devem ser os nossos corações onde Deus transforma o luto em alegria. Em Caná, Jesus não se apresenta como um convidado qualquer, mas como o verdadeiro noivo de nossas vidas fazendo transbordar em nós dons e carismas através do seu Espírito na luta contra todo o individualismo e indiferença (2a leitura). Olhemos para a Virgem que se incomdou com a tristeza que tomaria conta de todo aquele lugar. Tudo isso porque fora de Deus não há alegria. Deixemos que a nossa vida seja como o cenário evangélico deste domingo, um lugar que tendo a presença de Cristo tudo que é velho se faz novo, se faz "eucaristia", onde tudo é ação de graças.
Peça sempre a Jesus esse vinho novo para sua vida, seu matrimônio e sua família!

domingo, 27 de dezembro de 2015

Solenidade da Sagrada Família



A Pastoral Familiar do Rio de Janeiro deseja a todos votos de um Santo Natal e um ano de 2016 abençoado! Que a Sagrada Família de Nazaré, cujo dia celebramos, seja sempre nosso modelo e guia na busca da união e santificação das nossas famílias!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

CASAMENTO COMUNITÁRIO NA CATEDRAL



Aproximadamente 230 casais terão a oportunidade de dizerem o ‘sim’ em um casamento celebrado pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, no dia 5 de dezembro, na Catedral Metropolitana. É a primeira vez que acontece um casamento comunitário em nível arquidiocesano no Rio e com um grupo tão grande de casais. A média em geral é de até 40. 
O projeto, chamado "Dia do Sim", faz parte de uma parceria da Arquidiocese do Rio com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj). O objetivo é regularizar, de forma gratuita, a situação civil e religiosa de casais que já vivem juntos. Segundo a coordenadora da ação, juíza Raquel de Oliveira, da 6ª Vara Cível do Fórum de Jacarepaguá, o intuito é dar continuidade à parceria com a arquidiocese e promover mais casamentos comunitários abrangendo as duas instâncias. Foi ela quem, em nome do TJ-RJ, procurou o bispo auxiliar Dom Paulo Cezar Costa para propor o projeto. 
Apesar de o Tribunal já fazer o casamento civil, percebeu-se que muitas pessoas tinham o sonho de se casar na Igreja. "É uma forma de proporcionar às pessoas a plena cidadania. A demanda é grande, e queremos ajudá-las. É uma dívida do Estado e da Igreja para com elas", afirmou a juíza. Para o bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio Dom Paulo Cezar Costa, que organiza a parte religiosa, esta ação fortalece a instituição familiar em uma sociedade que passa por uma crise de valores. "Uma união sem o matrimônio civil e religioso forma um laço frágil entre um homem e uma mulher. Quando essa união tem uma legalidade diante da lei e é um sacramento diante de Deus, ela se torna mais consistente para os cônjuges e para os filhos. A família é uma instituição fundamental para a sociedade", comentou o bispo. 

 Preparação 
Ao longo deste ano, cerca de 40 juízes atenderam aos casais para a conversão da união estável em casamento civil. Nesse processo, é garantido aos cônjuges que a data oficial do casório, impressa na certidão, seja a mesma do início da convivência. A certidão será entregue no dia do matrimônio religioso. “Com esse casamento, a Igreja favorece o amor do casal, a importância da família e a vivência da fé em todas as dimensões, principalmente na dimensão conjugal. Eu tenho encontrado, nas entrevistas que tenho feito, casais de fé que não se casaram principalmente por dois motivos: quando jovens não podiam pagar e agora têm vergonha de contar ao pároco que não são casados. 
Para se ter uma ideia, o casal mais velho que temos é de um senhor de 84 anos com uma senhora de 64”, afirmou o coordenador arquidiocesano de pastoral, monsenhor Joel Portella Amado, um dos organizadores. “A maioria das pessoas tem o sonho do casamento religioso. E para muitas esse sonho é bloqueado porque eles acham que casar na Igreja é caro. O que não é uma realidade”, concluiu. 
No dia 14 de novembro, houve um encontro de preparação para que os casais pudessem entender a dinâmica do casamento comunitário, que é diferente de quando é feita com apenas um casal. Nesse dia haverá grupo de oração para preparo espiritual e um bazar: uma sala com todos os tipos de itens de vestuário utilizados em casamentos, alguns doados e outros que serão vendidos por lojas parceiras a um preço mais acessível. Segundo monsenhor Joel, igrejas do Brasil inteiro estão sendo mobilizadas para o envio dos documentos necessários. E algumas das pessoas ainda não se casaram porque são imigrantes. “São tantas histórias bonitas que ouvimos nas entrevistas que às vezes dá vontade de ficar só contemplando a história. E é um trabalho interessante porque estamos mobilizando muita gente por um único objetivo: facilitar essas uniões”, pontuou o sacerdote. 


( Fonte: Jornal O Testemunho de Fé, pág. 7)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Enquanto a tradução não vem...



Enquanto a tradução em português do Relatório Final do Sínodo dos bispos não vem, pelo texto já disponível no site do Vaticano, já podemos destacar alguns pontos importantes da XVI Assembleia Geral ordinária com o tema “A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no Mundo Contemporâneo” (04-25 outubro 2015).

1. O texto vem trazer um caminho de discernimento espiritual e pastoral, e começa recordando que Jesus veio ao mundo no seio de uma família, pois a família é a primeira e fundamental “escola de humanidade”, comunhão de pessoas sonhada por Deus, desde o princípio. E, na sociedade de hoje, cada família é convidada a ser discípula missionária na evangelização de outras famílias.

2. Na primeira parte do relatório, os bispos reafirmam a doutrina perene do matrimônio como querido por Deus desde o princípio:  a união de um homem e de uma mulher numa aliança de amor indissolúvel e aberta a uma nova vida. O matrimônio é o sinal sagrado do amor de Cristo pela sua Igreja e, por isso mesmo, a família cristã é convocada a ser uma “Igreja Domestica”.

3. Os bispos reconhecem as diversas dificuldades que ameaçam às famílias de hoje, como: (1) as resistências das novas gerações ao matrimônio e à família, (2) o feminismo que desvaloriza a maternidade, (3) a ideologia de gênero que anula as diferenças sexuais; (4) as diversas situações de conflitos sociais, (5) matrimônios de mista religiaõ. Diante de todas essas e outras situações de fragilidade, os padres sinodais lembram que a força da família está no amor! Pedem ainda a formação de redes de famílias que se sustentem mutuamente e políticas públicas promotoras e defensoras da família.

4. O documento menciona várias situações em que se necessita lutar pela plena inclusão social: a terceira idade, os imigrantes, as pessoas portadoras de necessidades especiais, pessoas que nunca se casaram, os viúvos, etc. Destaca, ainda, os papéis das figuras masculina, feminina e das crianças na riqueza das relações familiares.

5. Uma das seções é dedicada à á afetividade, á maturidade humana e ao dom sincero de si ao outro (que é a característica do verdadeiro amor). Para combater a cultura hedonista e descartável, que só leva à imaturidade e fragilidade afetiva, é preciso uma ação pastoral apropriada que promova um processo de “Educação para o Amor”. Deve-se sempre buscar criatividade pastoral e meios apropriados para se atingir os jovens.

6. Recorda, ainda, que o matrimônio é uma vocação e que a preparação para a vida matrimonial deve ser uma catequese muito melhorada, começando desde a preparação remota, como um verdadeiro itinerário de formação. Os recém-casados também merecem atenção pastoral especial.
7. A Igreja mostra a família como imagem viva da Santíssima Trindade que é comunhão de pessoas. Para tal, traça um detalhado percurso pela Palavra de Deus e o Magistério da Igreja, ressaltando o que chama de “Chave Cristocêntrica do Matrimônio”.

8. O documento reafirma a doutrina da procriação e da vida, estimulando a paternidade e maternidade responsáveis através do planejamento natural da família e da abertura generosa aos filhos. Explica o mal moral das técnicas de reprodução assistida e da contracepção que manipulam e destroem a fertilidade humana, que é dom de Deus.

9. Fala sobre a tristeza da separação e do divórcio e de como devemos ter atitudes de misericórdia e verdade, de acolhimento e respeito, especialmente com os cônjuges que foram abandonados, com as famílias monoparentais, e  com aqueles que estão em uma nova união. Os recasados devem ser inseridos na comunidade, com discernimento evitando-se escândalos que confundam a comunidade quanto ao valor e a indissolubilidade do matrimônio. Os casais em segunda união devem receber adequada orientação quanto á possibilidade da nulidade matrimonial.

10. Um atenção especifica deve ser dada ao acompanhamento às famílias que convivem com pessoas de tendências homossexuais. Estes, como qualquer pessoa, merecem ser tratados com respeito e dignidade, sem discriminação.

11. O papel decisivo dos pais, como primeiros e insubstituíveis educadores dos filhos, tem lugar de destaque no relatório, que propõe que se cria  cultura do aconselhamento, na qual famílias ajudam famílias e reafirmou a “tolerância” zero para casos de abuso sexual e violência doméstica.


12. É necessário um forte reavivamento da Pastoral Familiar, com boa formação para todos os agentes envolvidos: presbíteros, diáconos, religioso(a)s, catequistas, agentes de pastoral e seminaristas, para ajudar a formar famílias evangelizadas e evangelizadoras, que sejam capazes de dialogar com sua cultura, sem perder sua identidade e abrir mão dos seus valores.

(Por Tatiana e Ronaldo de Melo - Núcleo de Formação e Espiritualidade - CAPF - RJ)