segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vale a pena refletir...

A Suprema Corte dos EUA institucionalizou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Pelo fato dos EUA serem uma potência mundial, que dita seus modismos pelo mundo (isso é inegável, especialmente nesses tempos de globalização), muitas pessoas têm simpatizado e militado por esta causa de forma aberta nas redes sociais, usando um aplicativo que tinge com as cores do “arco-íris” suas fotos. Para os católicos que embarcaram nesta “onda”, sem refletir tão bem sobre as implicações sociais que isso pode trazer a médio e longo pra para as sociedades, trazemos esta citação do teólogo americano Jason Evert, que tem se dedicado exclusivamente a divulgar a “Teologia do Corpo”, de São João Paulo II, entre adolescente e jovens nos EUA e no mundo inteiro. Inclusive vale dizer, para você católico, Teologia do Corpo é leitura “obrigatória” para que você tenha um embasamento humanístico consistente sobre a temática da sexualidade. O texto a seguir foi uma resposta a um comentário de Jason Evert sobre artigo postado no seu blog (chastityproject.com). Um rapaz achou que Jason foi “longe demais no preconceito”, porque muitas famílias são compostas apenas por um pai ou mãe solteiro, por exemplo. Veja a resposta (tradução nossa): 

 “Desculpe se meu comentário é muito longo, mas eu quero oferecer a você (e a outros que também comentaram uma resposta condizente, para mostrar o quanto aprecio todos aqueles que deixam aqui os seus comentários. Crystalina foi criada num lar sem pai, e ela é a primeira a confirmar como isso foi difícil pra ela e como ela não deseja essa situação a ninguém. Toda criança naturalmente deseja conviver com seus pais biológicos e a institucionalização da união entre pessoas do mesmo sexo garantirá apenas que várias crianças serão privadas deste bem. O meu receio é que, neste debate, crianças sejam tratadas como objetos que as pessoas têm o “direito” de obter, em vez de serem tratadas como pessoas humanas que têm o direito ao pai e mãe biológico. 
É irônico ver como o Obama que fica sempre falando como o pai tem um papel insubstituível no bem-estar das famílias, mudar o tom quando lhe é politicamente conveniente para afirmar que o pai não é essencial e que não faria diferença ter duas parceiras do mesmo sexo. Sou casado há doze anos e tenho seis filhos. Sei que 1000 homens não poderiam tomar o lugar da minha esposa. E sei também que eu dou aos meus filhos o que mulher nenhuma é capaz de dar: ao amor de um pai (e o mesmo vale para a afeição materna que minha esposa dá a eles). Se as pessoas acham que sou um homofóbico por acreditar nisso, então que me chamem do que quiserem. Sociólogos podem mostrar muitos dados estatísticos e falar de muitas teorias, mas nada disso faz diferença para uma criança. Eu não quero dizer que parceiros do mesmo sexo farão algum mal ao educar crianças e que homem e mulher, pai e mãe são perfeitos. Não. O argumento é que é sempre melhor para uma criança poder crescer com os seus pais biológicos. 
 Um exemplo disso, é o caso de um menino adotado por dois gays que foi publicado no The American Journal of Orthopsychiatry. No artigo chamado ‘‘Recreating Mother’’ (Recriando a Mãe), a revista científica explicou que um dos pais ia contratando babás, uma após a outra, para que cuidassem do menino, mas despedia todas quando percebia que a criança ia se tornando muito afeiçoada a cada uma delas. Aos quatro anos, o menino precisou de terapia psicológica, porque tinha um pedido insistente para que os pais lhe “comprassem” uma mãe. Uns podem alegar: “Não é melhor que um órfão seja criado por duas pessoas do mesmo sexo do que viver com uma mãe relapsa ou violenta ou morar em um abrigo?” Nossos argumentos não podem ser baseados em algo ruim para querer chegar ao melhor. 
E, finalmente, o que mais me deixa perplexo: muito antes desse debate de união entre pessoas do mesmo sexo via à baila, décadas de extensivos estudos sem qualquer tipo de motivação a favor ou contra esse tema já mostrou que não há nada melhor para as crianças do que serem criadas por seus pais biológicos, isso em detrimento de qualquer outro tipo de arranjo social (com padrastos ou madrastas, pais/ mães solteiros, pai e mãe sem vínculo estável, etc.). Como é que, de repente, pessoas do mesmo sexo conseguem oferecer às crianças a mesma coisa que um pai e uma mãe, um homem e uma mulher podem oferecer? E, seu dois homens podem criar uma criança tão bem como um homem e uma mulher, por que não também um homem com duas mulheres? 
No final das contas, o mundo quer que você acredite que a complementariedade entre masculino e feminino criada por Deus, na verdade, é só um construto social imaginário, baseado em estereótipos arcaicos de gênero. Será? As crianças entendem disso melhor do que nós. Elas merecem um pai E uma mãe.”

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