A segunda parte da manhã de sábado do VII Congresso de Pastoral Familiar do Leste 1, teve o testemunho de fé e confiança do casal Vera e Luís, de Nova Iguaçu e a palestra do Padre Marcus Guimarães, de Nova Iguaçu. Como o tema do congresso é “Família: lugar de perdão, participação e festa”. Padre Marcus falou sobre “As Marcas do Perdão”, e concluiu este momento com um tocante celebração penitencial, com a recitação do Salmo 84, orações, cantos e o sacramental da água, aspergido sobre o povo.
“As Marcas do Perdão”
(Padre Marcus Guimarães)
Ele afirmou que o perdão é o respiro de uma família e de uma Igreja. A opção de Deus é sempre o perdão e esse deve ser também o nosso projeto de santidade. Todos nós já fizemos a experiência do perdão e sabemos como ela é libertadora.
O Papa João Paulo II alertava que não bastam estruturas de comunhão, mas uma verdadeira espiritualidade de comunhão. E a verdadeira comunhão passa por valorizar e respeitar o outro. A alma da nossa Pastoral Familiar precisa ter como seu elemento o perdão para que possa também, como família, testemunhar a comunhão.
Todos nós pecamos, mas pelo perdão fazemos a experiência de fazer as luzes sobrepujarem as sombras, deixamos o trigo crescer mais do que o joio.
O perdão é um caminho exemplar para nos aproximarmos mais de Deus. Na escola de Jesus, o bom aluno aprende a perdoar. É um presente que Deus nos deu.
Santo Inácio comparava o pecador como um exilado, fora da sua pátria, fora da sua vocação original, do plano de amor de Deus para a sua vida. Daí vem a frustração e a tristeza. Reconhecer o pecado é sair do exílio, sair de si, do seu próprio egoísmo que escraviza. Eu não sou o centro de tudo.
Há um poema de Dom Hélder Câmara que diz assim:
“Quando vieres libertar os cativos, não te contentes de atravessar as sete prisões dos sete vícios capitais. O calabouço último, o poço mais fundo, é o egoísmo.”
O perdão de Deus abraça a todos. Abramo-nos também à luz do perdão. Aprendamos o perdão e a gratuidade sem limites! Em Efésios 4, 32, somos todos exortados: “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
A Igreja pode ajudar com algumas pistas bem concretas para redescobrirmos a mística evangélica do perdão:
- Valorizar e promover o sacramento da confissão e celebrações penitenciais periódicas em nossos grupos, movimentos e pastorais.
- Investir na formação humana, o nosso testemunho de vida e santidade, trabalhando temas como: acolhida, respeito, diálogo, amizade, convivência fraterna, etc.
- Valorizar e formar as pessoas que tem o carisma de mediar conflitos e favorecer a reconciliação.
- Criar espacos de escuta e aconselhamento em nossas comunidades, contando com pessoas bem preparadas.
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