domingo, 30 de maio de 2010

II Peregrinação Nacional das Famílias


“Família., formadora de valores humanos e cristãos” – sob este tema as famílias do Brasil se reuniram no final de semana de 29 e 30 de maio, na casa da Mãe Aparecida, para sua II Peregrinação Nacional. As milhares de famílias peregrinaram ao Santuário para agradecerem e pedirem a proteção divina e, ao mesmo tempo, demonstrarem a fé e a força da família brasileira.

A programação começou no sábado, às 18h, com Missa presidida por Dom Raimundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, seguida de procissão luminosa e oração do santo terço pela Passarela da Fé, até a Basílica antiga. Na praça em frente à basílica, Dom Roberto, bispo auxiliar de Niterói, falou à multidão sobre o tema da peregrinação e conduziu a Consagração à Nossa Senhora e a bênção das famílias, acompanhado de Dom Orlando Brandes, Presidente da Comissão Episcopal Nacional para a Vida e a Família.

No domingo, a primeira Missa pelas famílias foi celebrada às 05h30 por Dom Antônio Augusto, bispo animador da Pastoral Familiar da nossa Arquidiocese e membro do Conselho da Comissão Episcopal para a Vida e a Família. A Missa solene da peregrinação e transmitida pela TV Aparecida foi às 08h00, presidida por Dom Oldilo Scherer, arcebispo de São Paulo e co-celebrada por diversos bispos e padres, entre eles: o próprio Dom Antônio Augusto, Dom Eusébio Scheidt, arcebispo emérito do Rio, padre Luiz Bento, assessor nacional da Comissão para a Vida e a Família, padre Ademar, assessor da Pastoral Familiar do Regional Leste I. Em sua homilia, Dom Odilo ressaltou que a família precisa ser um ícone da mesma comunhão que existe na Santíssima Trindade.

Mas a programação se estendeu por todos os demais horários de Missas do Santuário, contando ainda com as presenças de Dom Dimas Lara Barbosa, secretário geral da CNBB, Dom Rafael Cifuentes, bispo emérito de Nova Friburgo, Dom Petrini, membro da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, entre outros.

A Basílica esteve lotada ao longo dos dois dias com as famílias romeiras das diversas partes do Brasil. Além da presença dos casais da Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar, registramos também a presença dos coordenadores do Regional Leste I, Aloísio e Ilza, e de várias comunidades do Rio e regiões vizinhas que tivermos a oportunidade de encontrar no meio da multidão. Confira na parte inferior do nosso blog fotos marcantes deste encontro tão bonito. Tem gente de comunidades da Ilha do Governador, Padre Miguel, Santa Cruz, Tijuca, Piedade, Penha, Brás de Pina, Jacaré, Praça Seca, Olaria... e muito mais!!

Rogemos à Mãe Aparecida, padroeira das famílias, que nossa fé se fortaleça e que nossas famílias sejam fontes das virtudes e valores humanos e cristãos, agentes de construção do Reino de Deus entre nós.

Quer que a sua caravana apareça aqui também em nosso blog? Envie suas fotos com o nome da sua paróquia e vicariato para o e-mail pastoralfrj@gmail.com e nós faremos a divulgação. Participe!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

HORA SANTA DA FAMÍLIA


No dia 27 de maio, iniciou-se a 84ª Semana Eucarística no Santuário Nacional de Adoração Perpétua da Igreja de Sant`Ana.

Às 20h foi celebrada a HOARA SANTA DA FAMÍLIA, tendo como oficiante Dom Antônio Augusto Dias Duarte e os padres do Santuário, inclusive Padre José Laudares, vigário Episcopal do Vicariato Urbano.

Estiveram presentes centenas de representantes dos diversos Movimentos Familiares que compõem a Pastoral Familiar: Aliança de Casais com Cristo, Encontro de Casais com Cristo, Equipes de Nossa Senhora, entre outros.

As orações da Hora Santa nos levaram a agradecer e refletir sobre as oportunidade sde Encontro com Cristo: na Palavra, na Liturgia, no irmão, na oração. Em sua homilia, Dom Antônio Augusto ressaltou a importância de estarmos presentes em momentos como esses para renovarmos nossa fé, esperança e caridade: "Em meio às tribulações da vida, nossa fé pode se dissolver, nossa esperança pode se abalar, nossa caridade pode enfraquecer... Deus não pode fé, esperança e caridade inabaláveis, mas sim, renováveis, constantemente renováveis."
Aos pés de Jesus Sacramentado entregamos as vidas, as dores, as alegrias e os anseios de todas as famílias da nossa Arquidiocese.
Confiram os melhores momentos da Hora Santa na parte inferior do nosso blog na galeria de fotos.

"Jesus Sacramentado, nosso Deus amado!"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reflexões do Curso de Liderança Pastoral (3)


O tema: “Liderança Pastoral”, foi foco do curso oferecido pela Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar em 22 de maio, no Ed. João Paulo II. Contando com a presença de 167 pessoas, que representaram 60 (sessenta) Paróquias, a programação contemplou vários itens. Foi feita uma exposição sobre a bibliografia que norteia nossos trabalhos. Também foi ministrada uma palestra sobre "Liderança Pastoral", pelo Professor Robson Leite, seguida da dinâmica: "teste de 3 minutos". Grupos foram organizados para se discutir o que é Liderança Pastoral, e como as pessoas a entendem. Logo após, em plenário, foram apresentadas as conclusões desses grupos. Finalmente, como momento de reflexão foi apresentado o vídeo "mulher invisível".
Concluímos a apresentação dos debates em grupos sobre a temática da liderança, agradecendo a todos os presentes que puderam partilhar conosco suas opiniões, experiências e anseios. Esperamos que possam lançar algumas luzes para iluminar a caminhada pastoral das comunidades.

- O bom líder não se sente o “dono da verdade”, mas sabe agir com mansidão e sabedoria, sabe aproveitar o melhor de cada um e respeita seus compromissos.

- Quando sentimos a falta de agentes que realmente assumam o trabalho pastoral, é sinal de que falta amadurecimento na fé, evangelização e formação constantes.

- Todo trabalho que façamos passa pelo amor, doação, fraternidade, em oposiç4ao ao mundo tão individualista em que vivemos hoje.

- É fundamental melhorarmos o acolhimento em nossas comunidade, especialmente para com os jovens.

- Com um trabalho integrado entre todas as pastorais poderemos atingir mais pessoas, especialmente aquelas em situações familiares difíceis.

(Colaborações dos vicariatos Oeste, Jacarepaguá, Leopoldina, Urbano e Norte)

- Por falta de agentes, muitos acumulam diversas funções na paróquia e acabam se sobrecarregando.

- A Pastoral Familiar precisa cuidar das famílias dos próprios agentes.

- A formação cristã e a vivência espiritual são essenciais para que não caiamos no ativismo e estejamos preparados para um bom trabalho.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Reflexões do Curso de Liderança Pastoral (2)


Trazemos mais algumas reflexões dos grupos de agentes no Curso de Liderança promovido pela Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio de Janeiro no último dia 22 de maio. Temos aqui contribuições dos vicariatos: norte, oeste, leopoldina e jacarepaguá.

- A participação na vida pastoral deve ser encarada como uma doação, não um simples trabalho, nem um fardo.

- A oração precisa estar em primeiro lugar, precedendo cada trabalho pastoral.

- Nosso melhor testemunho é o amor.

- Viver a vida em comunidade significa dar atenção ao próximo, começando junto à sua própria família e também ao seu grupo pastoral. A parábola do Bom Samaritano é um modelo para nós.

- O líder Pastoral não é necessariamente aquele que faz, mas aquele que "faz fazer", que faz a pastoral funcionar, como o motor de um ventilador: é ele que faz tudo se mexer, mas quem aparece é a hélice.

Outros pontos importantes quanto à liderança que foram tocados pelos grupos:

- Amor ágape: amor de atitudes

- Unidade: integração entre todas as pastorais e com toda a Igreja

- Obediência: exige sacrifício, renúncia e oração

- Serviço: verdadeira doação

- Planejamento: visualisar e traças as metas que a sua comunidade precisa


domingo, 23 de maio de 2010

Reflexões do Curso de Liderança Pastoral (1)


No último sábado (22 de maio), a Comissão Arquidicesana de Pastoral Familiar do Rio de Janeiro promoveu o Curso de Liderança Pastoral. Uma das atividades foi um debate em grupos sobre a questão da liderança. Traremos ao longo desses dias os frutos das reflexões, para partilhá-los com nossos internautas:


- É preciso que haja uma melhor preparação para as coordenações. Uma estratégia é que cada coordenador tenha sempre um apoio (espécie de um "vice") que já atuará junto ao coordenador de modo que já seja formado para uma sucessão, com um bom tempo de preparação.


- É importante aproveitar as oportunidades que a Arquidiocese oferece para capacitação e trocas de experiências entre as paróquias.


- É fundamental estar atento para identificar casais com potencial para participarem do trabalho pastoral.


- A mudança constante de párocos pode dificultar a manutenção de um trabalho pastoral coeso.


(Colaboração de agentes das Paróquias: Santa Clara (vic. Oeste), N. Sra da Cabeça, São Sebastião, São José Operário (vic Leopoldina), N. Sra de Nazaré (vic. Suburbano), N. Sra de Fátima, N. Sra da Vitória, São Marcos (vic. Jacarepaguá)


- O trabalho da Pastoral Familiar, antes disperso, está se tornando cada vez mais organizado e se abrindo, especialmente, para formar os jovens.


- Muitas paróquias ainda têm equipes de "Cursos de Noivos" (EPVM) trabalhando de forma isolada da Pastoral Familiar.


- O número de Paróquias com Pastoral Familiar está crescendo, especialmente por causa do apoio dos padres.


- As paróquias que já têm mais experiência e estão melhor estruturadas precisam ser motivadas a ajudar aquelas que ainda estão em fase de implantação.


- Ainda há resistência e algumas dificuldades em se ter um número mínimo de agentes verdadeiramente engajados para desenvolver plenamente o trabalho da Pastoral Familiar.


(Colaboração das Paróquias Santa Cecília (vic. Leopoldina), Santa Terezinha (vic. Norte), São Dimas (vic. Oeste), Imaculada Conceição (vic. Jacarepaguá)


- O apoio do clero é imprescindível para o bom andamento dos trabalhos pastorais.


- A liderança pastoral depende de uma formação evangélica mais eficaz.


- A liderança está intrinsecamente ligada à integração paroquial, uma visão mais geral da paróquia, ou seja, estar em sintonia com os anseios da comunidade e da Igreja.

sábado, 15 de maio de 2010

Este Curso Promete...


Convocamos a todos os agentes de Pastoral Familiar e também agentes de outras pastorais para o Curso de Liderança Pastoral, no sábado próximo, dia 22 de maio. Todo cristão engajado, atuante em sua comunidade pode ser chamado, um dia, para exercer funções de coordenação ou liderança pastoral. E como Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos a Comissão Arquidiocesana oferece esta oportunidade ímpar de capacitação e despertar de uma consciência para a importância da liderança dentro de um espírito verdadeiramente cristão.

A programação inclui:
- Palestra com o prof. Robson Leite
- Dinâmica
- Debate em grupos
- Reflexão Bíblica
- e etc.

Não deixem de participar e divulgar. O evento é aberto a quem se interessar pelo tema e não apenas para quem realiza trabalhos pastorais com as famílias: dirigentes de círculos bíblicos, catequistas, coordenadores de pastorais e movimentos, professores... o assunto é de interesse a todos aqueles que sentem que podem desenvolver seu potencial de influência positiva sobre um grupo, melhorando, assim, a evangelização. Participe:

CURSO DE LIDERANÇA PASTORAL
sáb. 22 de maio
das 08h às 12h
Ed. João Paulo II

(R. Bejamin Constant, 23, 2º andar, Glória)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mais Ônibus para Aparecida


Recebemos mais pedidos de divulgação de ônibus para a II Peregrinação Nacional das Famílias em Aparecida do Norte. A atividade principal será a Missa das 08h celebrada na Basílica.
Não perca esta grande mobilização em defesa da vida e da família! Organize-se e compareça!

VICARIATO LEOPOLDINA
Um ônibus sairá no dia 29, às 22h30, da Paróquia São José Operário, na Ilha do Governador. Após a Missa em Aparecida, o ônibus passará pela Canção Nova. Maiores informações com Aline na secretaria paroquial (Tel: 3393-1832).

VICARIATO SUBURBANO
A Paróquia de Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Praça Seca, está organizando um ônibus que saírá às 22h, no dia 29. Entrar em contato com Margareth e Henrique no tel. 3015-1538.

Também quer divulgar sua caravana para a Peregrinação das Famílias? Então, escreva todos os dados para pastoralfrj@gmail.com.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Vamos à Aparecida do Norte??


Várias são as paróquias que estão se organizando para a II Peregrinação Nacional das Famílias à Aparecida do Norte. Será uma ótima oportunidade de darmos visibilidade à importância vital da família para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. A Arquidiocese do Rio de Janeiro não ficará de fora.

Vejamos algumas comunidades que estão oferecendo transporte para a Peregrinação, saindo do Rio no dia 29 de maio:

VICARIATO NORTE
- O primeiro ônibus partirá dia 29 de maio, às 8h30 da Igreja São José e N S. das Dores (Andaraí), passando às 9h00 na Basilica Santa Teresinha, incluindo hospedagem com cafe da manhã.
O segundo ônibus sairá dia 29 de maio, às 20h30 dos mesmos lugares acima, para dar oportunidade a quem não pode ir no primeiro horário.
Telefones para incrições com Ricardo ou Bernardo: 2569-3624-/ 8227-6950-/ 8712-8558/ 2568-5762/9852-9296.

- A Paróquia São Francisco Xavier (Maracanã) ainda tem vagas em seu ônibus para Aparecida, que sai na noite do dia 29. Ligue para a secretaria paroquial (2234-2094 e 2234-2095) ou com Leila (leilareis_557@hotmail.com).

VICARIATO SUBURBANO
- Um ônibus sairá no dia 29 às 22h00 da Paróquia Divino Salvador, na Piedade. O responsável pela caravana é o coordenador da Pastoral Familiar Antônio Gil, pelo tel. 8152-5778.
- Outra opção é o ônibus saindo no mesmo horário da Paróquia São Tiago, em Inhaúma. Mariores informações na secretaria paroquial no tel. 2594-3646

VICARIATO SUL
O vicariato Sul também está organizando seus ônibus para a Peregrinação. Se você quer partir desta região da cidade, entre em contato com Roberto e Sandra, coordenadores vicariais, e saiba a melhor opção. Os telefones do casal são: 2567-9474 ou 9307-5631.

VICARIATO JACAREPAGUÁ
Os coordenadores vicariais da Pastoral Familiar, Joaquim e May, são os responsáveis pelos ônibus dessa região. Ligue para 2255-82-79 ou 2255-3460 e saiba todos os detalhes de horário e itinerário.


Sua Paróquia também está organizando uma caravana? Ainda há vagas em seu ônibus? Então escreva todos os detalhes de contato para o e-mail pastoralfrj@gmail.com e faremos aqui sua divulgação! Aproveitem!

domingo, 9 de maio de 2010

HORA SANTA DA FAMÍLIA


Em preparação à Solenidade de Corpus Christi, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro com os padres sacramentinos realiza todos os anos a SEMANA EUCARÍSTICA. Além das Missas feriais às 07h30 e às 18h00, o Santuário de Adoração Perpétua de Sant`Ana, na Praça Onze, recebe para a celebração da Hora Santa de Adoração ao Santíssimo Sacramento representantes de todas as pastorais, movimentos, ministérios, grupos e associações.

Assim também é com aqueles que trabalham em prol da vida e da família. Não percamos esta oportunidade de nos colocarmos em união aos pés do nosso Senhor para entregarmos a Ele nossa vocação e missão.


HORA SANTA DA FAMÍLIA
QUI 27 MAIO
20h00
Santuário de Sant`Ana
(Praça Onze)
Oficiante: Dom Antônio Augusto Dias Duarte

Todas as solenidades culminarão com a procissão de Corpus Christi, saindo da Candelária, no dia 03 de junho, a partir das 16h. Veja a programação completa da 84ª Semana Eucarística na barra lateral do nosso blog.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

I Encontro Nacional Sobre a Espiritualidade do Acolhimento e da Adoção (Conclusão)


Finalizando nossa série de formações baeadas nos temas do I Encontro Nacional sobre a Espiritulidade do Acolhimento e da Adoção, realizado em abril na cidade de São Paulo, transcrevemos a CARTA DE EMPENHO, elaborada durante o encontro e aprovada pelos presentes, que formula os compromissos básicos da Igreja no Brasil para com a infância e a adolescência abandonadas à luz da caridade cristã:



Carta empenho sobre o abandono: a quarta emergência humanitária



O I Encontro Nacional dedicado à Espiritualidade do Acolhimento e da Adoção, aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril de 2010, no Centro de Formação Sagrada Família, em São Paulo. Promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela Comissão Nacional de Pastoral Familiar (CNPF), pelo Movimento Familiar Ai.Bi. – Amici dei Bambini e pela Associação de Fiéis “La Pietra Scartata”, contou com a participação de Bispos, presbíteros e representantes das Pastorais Familiar, do Menor e da Criança, magistrados, advogados, médicos, psicólogos, pedagogos, professores, assistentes sociais, conselheiros de direito, coordenadores de instituições de acolhimento e coordenadores do Movimento Nacional dos Direitos Humanos de diversas regiões do Brasil e da Itália.

O encontro “Acolher em nome de Jesus” partiu da iniciativa da organização humanitária internacional Ai.Bi. – Amici dei Bambini e de “La Pietra Scartata” - movimento de famílias católicas -, ambas sediadas na Itália e que desenvolvem projetos em parceria com organizações sociais há 27 anos no Brasil.

O lema “Aquele que receber uma dessas crianças em meu nome, a mim recebe” (Mc 9,37) nos remete à urgência de chamar a atenção para a necessidade de tratar com seriedade o tema do abandono da infância e da adolescência, sensibilizando pela ótica da espiritualidade do acolhimento.

Desta forma, temos a firme intenção de responder ao convite da Igreja, quando solicita aos cristãos que reflitam sobre a condição das crianças na família, na sociedade e na Igreja.

Fundamentados pelo estudo e pela oração, foram propostos os seguintes objetivos:

(1) formar um grupo inserido na Comissão Nacional de Pastoral Familiar para tratar dos temas do abandono e da espiritualidade do acolhimento e da adoção, articulando projetos e ações junto à Igreja e à sociedade;
(2) criar e apoiar uma Associação Nacional de pais adotivos de inspiração cristã;
(3) promover encontros regionais sobre a espiritualidade do acolhimento e da adoção;
(4) inserir o tema do acolhimento nas políticas públicas, através da mobilização de
leigos.


Que Deus Pai, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, abençoe as crianças e os adolescentes para que possam sentir-se filhos amados.


Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Conselheiro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família

Marco Griffini
Presidente da Ai.Bi – Amici dei Bambini e da “La Pietra Scartata”

Antonio Carlos Berlini
Diretor Executivo da Ai.Bi – Amici dei Bambini para o Brasil


Raimundo Veloso Leal (Tico) e Vera Lúcia Morais Leal
Casal Coordenador da Comissão Nacional de Pastoral Familiar


São Paulo (SP), 11 de abril de 2010.


domingo, 2 de maio de 2010

I Encontro Nacional Sobre a Espiritualidade do Acolhimento e da Adoção (8)


O Magistério da Igreja e o Compromisso Social com as Crianças Abandonadas
(Dom Antônio Augusto Dias Duarte)

Muito do Magistério da Igreja poderia ser estudado sobre esta questão. A primeira grande fonte é Jo 14, 12-31: uma das grandes obras cristãs é acolher a infância abandonada. E essa já era uma preocupação desde o início da Igreja, explícita em Tg 1,27: "A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo."

Vamos nos deter em algumas das publicações mais recentes. Por exemplo, o Documento de Aparecida (n. 135) diz: "A resposta ao seu chamado exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente de quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus que acolhe os publicanos e pecadores (cf. Lc 5, 29-32), que acolhe os pequenos e as crianças (cf. Mc 10, 13-16)..." E qual é a "dinâmica do Bom Samaritano"? O samaritano VIU o homem caído, precisando de ajuda. A primeira atitude é a da prestar atenção, e segunda é ação pela compaixão, ou seja, prestar socorro.

Deus Caritas Est (n. 18) exorta: "Revela-se, assim, como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus, na Bíblia. Consiste precisamente no fato de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo. Para além do aspecto exterior do outro, dou-me conta da sua expectativa interior de um gesto de amor, de atenção, que eu não lhe faço chegar somente através das organizações que disso se ocupam, aceitando-o talvez por necessidade política. Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa. Aqui se vê a interação que é necessária entre o amor a Deus e o amor ao próximo, de que fala com tanta insistência a I Carta de João. Se na minha vida falta totalmente o contato com Deus, posso ver no outro sempre e apenas o outro e não consigo reconhecer nele a imagem divina. Mas, se na minha vida negligencio completamente a atenção ao outro, importando-me apenas com ser « piedoso » e cumprir os meus "deveres religiosos",então definha também a relação com Deus. "

O n. 302 do Documento de Aparecida convoca: "A família, patrimônio da humanidade", constitui um dos tesouros mais valiosos dos povos latino-americanos. Ela foi e é lugar e escola de comunhão, fonte de valores cívicos, lar onde a vida humana nasce e se acolhe generosamente." Se as famílias dos casais verdadeiramente cristãos dessem exemplo para o mundo de acolhimento da infância e adolescência abandonadas, exemplo de conjugalidade fecunda, nem precisaríamos ter encontros como esses, porque o testemunho seria muito mais eloquente.

E continua o mesmo documento no n. 437 (f): "Estimular centro paroquiais e diocesanos com uma pastoral de atenção integral à família, especialmente àquelas que estão em situações difíceis: mães adolescentes e solteiras, viúvos e viúvas, pessoas da terceira idade, crianças abandonadas etc." O antendimento precisa ser cada vez mais extensivo, buscando apoiar a família como um todo, inclusive aos órfãos de "pais vivos". Neste sentido do apoio familiar, continua Documento (n. 457): "... a Igreja é chamada a compartilhar, orientar e acompanhar projetos de promoção da mulher com organismos sociais já existentes, reconhecendo o ministério essencial e espiritual que a mulher leva em suas entranhas: receber a vida, acolhê-la, alimentá-la, dar à luz, sustentá-la, acompanhá-la... A maternidade não é uma realidade exclusivamente biológica, mas se expressa de diversas maneiras. A vocação materna se cumpre através de muitas formas de amor, compreensão e serviço aos demais. A dimensão maternal também se concretiza, por exemplo, na adoção de crianças, oferecendo-lhes proteção e lar. O compromisso da Igreja nessa esfera é ético e profundamente evangélico." Precisamos lutar pela valorização da paternidade e da maternidade.