08 - Os Valores do Autodomínio
O autodomínio (ou temperança) é a habilidade de fazer com que diferentes dimensões da própria personalidade sejam ordenadas de acordo com a verdade e o bem de todos. No mundo em que vivemos este conceito pode parecer deslocado, pois aprendemos que nada que seja da vontade do indivíduo lhe deva ser negado. Corremos sempre o risco de nos deixarmos dominar por coisas e situações. Parece que esquecemos que a pessoa e a comunidade são forjados justamente pelo autodomínio. Isto não consiste num cultivo egocêntrico, mas sim no controle sobre o corpo e a mente que provém da liberdade do ser humano para tomar suas decisões e escolher seus caminhos.
É próprio do ser humano querer buscar sua comodidade e menor esforço. Quem tem o autodomínio sabe que todas as suas ações repercutirão de alguma forma na sua vida. Aprende que tudo tem a sua medida: a comida, a bebida, o sexo, o sono, o dinheiro... ter controle sobre os sentidos nos fortalece para que para termos controle sobre as decisões mais determinantes da nossa vida. O equilíbrio nos ajuda a canalizarmos nossas vontades para algo de bom e útil. É fundamental para não cairmos nos erros do excesso e nem da autocensura.
O autodomínio deve ser exercitado para podermos servir melhor a Deus e aos irmãos. O autodomínio é um valor ensinado pelos pais aos seus filhos no dia-a-dia, muito mais pelos exemplos concretos do que pelas palavras. Ele nos garante disciplina ao seguirmos uma dieta, perseverança para alcançarmos uma meta, liberdade para nos impormos nossos próprios limites. Assim, desenvolveremos muitas outras atitudes que são necessárias para uma vida de êxito. Apresentamos algumas virtudes relacionadas ao alcance do autodomínio:
Por causa do pecado original, temos a tendência de amar mais a nós mesmos do que ao Criador. A sobriedade é o hábito que ordena o indivíduo internamente, trazendo grande paz. Ela é manifestada de diferentes modos: através da moderação no comer e no beber, lembrando-nos que tudo o que temos é dom e graça de Deus para ser usado para o nosso próprio bem e a saúde do nosso corpo; através da modéstia que faz com que nos comportemos adequadamente no exterior (no modo de se vestir) e no interior (no modo como tratamos os demais); através da humildade que modera uma tendência ao orgulho, à autoexaltação.
A diligência é a virtude necessária para cumprirmos bem todas as nossas obrigações. Implica compromisso, disciplina, produtividade no trabalho, no lar, na escola, na Igreja. Implica realizar todas as tarefas com generosidade, vontade de servir. Devemos ter cuidado com os dois vícios relacionados a esta virtude: a preguiça e o ativismo. Pela preguiça postergamos ou deixamos de cumprir nossas obrigações, ou, pelo ativismo, somos falsamente diligentes, utilizando alguma tarefa que nos é mais cômoda ou prazerosa como pretexto para deixarmos de lado outras tarefas.
Todo êxito verdadeiro é precedido de esforço. O esforço nos torna mais capazes,mais competentes, desenvolve em nós a criatividade e a resistência nas adversidades. Quando vemos uma obra terminada, nos sentimos realizados, porque sabemos todas as horas, toda a energia que a ela dedicamos. Porque sabemos o quanto nos custou, podemos valoriza-la mais. Porém, se não nos depararmos com nenhum obstáculo na vida, ficaremos espiritualmente atrofiados. Pais que dão tudo “de bandeja” para os filhos só prejudicam seu desenvolvimento. É preciso dar-lhes as ferramentas e não fazer o trabalho por eles. Assim, impediremos que se tornem apáticos, preguiçosos e conformistas.
A paciência a habilidade de suportar situações adversas sem se aborrecer. Leva-nos a sermos tolerantes e compreensivos. Não é, de forma alguma, sinal de fraqueza. Um exemplo: não se trata de não corrigir quem comete um erro, mas deixar que a pessoa se explique e, aí sim, falar ou agir em cima do problema. Especialmente para a boa convivência familiar, o domínio da personalidade, das paixões e dos altos e baixos do humor é sinal de amor e humildade.
A prudência, enquanto virtude inspirada, é presente de Deus, mas precisa ser exercitada constantemente para que melhor se desenvolva. É ela que nos inspira a bem usar todos os demais valores e virtudes da maneira correta. Uma pessoa prudente tem cuidado co m o que diz e faz, sem cair nos dois vícios extremos, ou seja, de se tornar excessivamente temerária, nem precipitada ou insensata.
A prudência requer percepção, discernimento, estarmos alertas ao que acontece ao nosso redor, antes de emitirmos um juízo. Exige saber calar, escutar, investigar, informar-se, ponderar, levar em conta sua própria experiência antes de tomar uma decisão. Estas considerações, porém, não significam que a pessoa prudente não saiba como agir de imediato. Ao contrário: a prudência armazena e depura em nós valiosas informações que nos servirão de base para tomarmos as decisões adequadas, mesmo numa emergência. Não significa também que uma pessoa prudente jamais se equivoque... mas ela, com certeza, aprenderá com seu erro, para não mais repetí-lo.
Os pais ensinam seus filhos a serem prudentes quando mostram a importância de pensar antes de agir, medindo, assim, as conseqüências de seus atos. “O que poderia me acontecer se eu fosse àquela festa? E se eu não fizer o meu dever de casa? Isto é bom ou ruim para mim? Será que é isso que Deus quer para a minha vida?”. Estes são questionamentos que devem embasar nossas decisões e nos encorajarem a agirmos corretamente. Cabe também aos pais ensinarem que sempre podemos contar com a graça divina para vivermos prudentemente.
Santo Agostinho bem alerta que o domínio de si é um longo trabalho que envolve autoconhecimento, ascese, obediência a Deus, exercício das virtudes morais e fidelidade na oração. É um longo caminho e ninguém pode dizer que já o possui, pois precisa ser renovado em cada estágio da vida. O esforço se torna mais intenso, porém, em certas etapas do desenvolvimento da personalidade como a infância e adolescência. A temperança faz do homem senhor da sua razão, mais resistente às tentações.
É próprio do ser humano querer buscar sua comodidade e menor esforço. Quem tem o autodomínio sabe que todas as suas ações repercutirão de alguma forma na sua vida. Aprende que tudo tem a sua medida: a comida, a bebida, o sexo, o sono, o dinheiro... ter controle sobre os sentidos nos fortalece para que para termos controle sobre as decisões mais determinantes da nossa vida. O equilíbrio nos ajuda a canalizarmos nossas vontades para algo de bom e útil. É fundamental para não cairmos nos erros do excesso e nem da autocensura.
O autodomínio deve ser exercitado para podermos servir melhor a Deus e aos irmãos. O autodomínio é um valor ensinado pelos pais aos seus filhos no dia-a-dia, muito mais pelos exemplos concretos do que pelas palavras. Ele nos garante disciplina ao seguirmos uma dieta, perseverança para alcançarmos uma meta, liberdade para nos impormos nossos próprios limites. Assim, desenvolveremos muitas outras atitudes que são necessárias para uma vida de êxito. Apresentamos algumas virtudes relacionadas ao alcance do autodomínio:
Por causa do pecado original, temos a tendência de amar mais a nós mesmos do que ao Criador. A sobriedade é o hábito que ordena o indivíduo internamente, trazendo grande paz. Ela é manifestada de diferentes modos: através da moderação no comer e no beber, lembrando-nos que tudo o que temos é dom e graça de Deus para ser usado para o nosso próprio bem e a saúde do nosso corpo; através da modéstia que faz com que nos comportemos adequadamente no exterior (no modo de se vestir) e no interior (no modo como tratamos os demais); através da humildade que modera uma tendência ao orgulho, à autoexaltação.
A diligência é a virtude necessária para cumprirmos bem todas as nossas obrigações. Implica compromisso, disciplina, produtividade no trabalho, no lar, na escola, na Igreja. Implica realizar todas as tarefas com generosidade, vontade de servir. Devemos ter cuidado com os dois vícios relacionados a esta virtude: a preguiça e o ativismo. Pela preguiça postergamos ou deixamos de cumprir nossas obrigações, ou, pelo ativismo, somos falsamente diligentes, utilizando alguma tarefa que nos é mais cômoda ou prazerosa como pretexto para deixarmos de lado outras tarefas.
Todo êxito verdadeiro é precedido de esforço. O esforço nos torna mais capazes,mais competentes, desenvolve em nós a criatividade e a resistência nas adversidades. Quando vemos uma obra terminada, nos sentimos realizados, porque sabemos todas as horas, toda a energia que a ela dedicamos. Porque sabemos o quanto nos custou, podemos valoriza-la mais. Porém, se não nos depararmos com nenhum obstáculo na vida, ficaremos espiritualmente atrofiados. Pais que dão tudo “de bandeja” para os filhos só prejudicam seu desenvolvimento. É preciso dar-lhes as ferramentas e não fazer o trabalho por eles. Assim, impediremos que se tornem apáticos, preguiçosos e conformistas.
A paciência a habilidade de suportar situações adversas sem se aborrecer. Leva-nos a sermos tolerantes e compreensivos. Não é, de forma alguma, sinal de fraqueza. Um exemplo: não se trata de não corrigir quem comete um erro, mas deixar que a pessoa se explique e, aí sim, falar ou agir em cima do problema. Especialmente para a boa convivência familiar, o domínio da personalidade, das paixões e dos altos e baixos do humor é sinal de amor e humildade.
A prudência, enquanto virtude inspirada, é presente de Deus, mas precisa ser exercitada constantemente para que melhor se desenvolva. É ela que nos inspira a bem usar todos os demais valores e virtudes da maneira correta. Uma pessoa prudente tem cuidado co m o que diz e faz, sem cair nos dois vícios extremos, ou seja, de se tornar excessivamente temerária, nem precipitada ou insensata.
A prudência requer percepção, discernimento, estarmos alertas ao que acontece ao nosso redor, antes de emitirmos um juízo. Exige saber calar, escutar, investigar, informar-se, ponderar, levar em conta sua própria experiência antes de tomar uma decisão. Estas considerações, porém, não significam que a pessoa prudente não saiba como agir de imediato. Ao contrário: a prudência armazena e depura em nós valiosas informações que nos servirão de base para tomarmos as decisões adequadas, mesmo numa emergência. Não significa também que uma pessoa prudente jamais se equivoque... mas ela, com certeza, aprenderá com seu erro, para não mais repetí-lo.
Os pais ensinam seus filhos a serem prudentes quando mostram a importância de pensar antes de agir, medindo, assim, as conseqüências de seus atos. “O que poderia me acontecer se eu fosse àquela festa? E se eu não fizer o meu dever de casa? Isto é bom ou ruim para mim? Será que é isso que Deus quer para a minha vida?”. Estes são questionamentos que devem embasar nossas decisões e nos encorajarem a agirmos corretamente. Cabe também aos pais ensinarem que sempre podemos contar com a graça divina para vivermos prudentemente.
Santo Agostinho bem alerta que o domínio de si é um longo trabalho que envolve autoconhecimento, ascese, obediência a Deus, exercício das virtudes morais e fidelidade na oração. É um longo caminho e ninguém pode dizer que já o possui, pois precisa ser renovado em cada estágio da vida. O esforço se torna mais intenso, porém, em certas etapas do desenvolvimento da personalidade como a infância e adolescência. A temperança faz do homem senhor da sua razão, mais resistente às tentações.
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