sábado, 10 de outubro de 2015

E, A TARDE COM A HUMAN LIFE...


 

Nancy Tosi Moreno falou na parte da tarde sobre a síndrome pós-aborto. Como somos seres bio, pisco, sociais e espirituais o trauma do aborto, este nos afeta profundamente. A mente cria como que conectores, ou seja, ela vê em certos fatos conexões com o aborto, fatos que aparentemente não teriam nenhuma relação e que podem se manifestar ainda que muito tempo depois. Ainda que as emoções passem, os sentimentos ficam enraizados no mais profundo da alma. Um exemplo disso é o quadro ‘Arrastando a Culpa’ ou ‘A Solidão me Assassina’ feitos por uma artista plástica que cometeu aborto muitos anos antes.
Mais de 60% das mulheres que cometem aborto tem ideias suicidas e uma em cada cinco de fato tentam suicidar-se. Não é por acaso que o maior número de suicídios cresce entre adolescentes e jovens. Não só entre as mulheres mas também entre os homens.
E por que algumas mulheres cometem o mesmo pecado muitas vezes? Podem até ter consciência de que Deus as perdoa, mas elas não experimentam o perdão porque não se perdoa a si mesma, não se ama, não se aceita. Fica com a síndrome do ventre vazio, e procura novos parceiros como que se quisesse preencher este ventre. E para se desinibir, precisa de álcool e drogas. Engravida e repete o aborto. Começam os abortos consecutivos, que só aumentam. A promiscuidade não é por busca de prazer, mas para inconscientemente para tentar engravidar de novo.
 E quando engravida? Não há padre, não há amor.... como vou contar a este Bebê que matei o anterior??? E os abortos vão se sucedendo. Nenhuma mulher quer matar seus filhos. Ela tem integridade feminina e integridade materna. O aborto quebra essas duas, é a vontade em crise! A inteligência e a memória não estão bem. Mesmo que a mulher diga que ela não queria o aborto, mas que era o melhor a se fazer... continuará doendo sempre.
Vem a depressão, a angústia, os pesadelos e a ascendia, ou seja, a falta de alegria na vida. Falta concentração, tanto que 94% das mulheres que abortam não concluirão os estudos. E, tendo filhos no futuro, terão muita dificuldade de expressar carinho. O aborto é também a raiz de grande parte das crises familiares.
A cura é um processo de pedir perdão e perdoar. Um processo longo e por vezes muito difícil, mas não impossível. Há muitas pessoas a perdoar e muitas a pedir perdão. É preciso aceitar essa verdade dos fatos. E é necessário acompanhamento psicológico mas também espiritual, com l sacramento da Reconciliação. Ele devolve a esperança, o amor e o perdão.
O acompanhamento consiste em reconhecer as feridas, reconhecer a verdade e a fazer o melhor exame de consciência das suas vidas.
O acompanhamento só pode ser feito por quem é capacitado para trabalhar neste ministério. Não são necessários estudos universitários, mas sim, capacitar-se e ser acima de tudo um católico fiel à doutrina da santa Madre Igreja.
 
Na sua segunda colocação ‘Educação Sexual na ótica da Teologia do Corpo’, Nancy começou com a seguinte reflexão: Se não me conheço a mim mesma, como posso querer conhecer ao outro? Ela explicou o que é TdC, l conjunto das 129 catequese pronunciadas por João Paulo II para explicar o significado e o sentido da vida: quem sou eu e para onde vou. Trata do valor do corpo e da sexualidade humana, das relações humanas, do matrimônio e do celibato, entre outros pontos. O corpo torna visível o invisível da pessoa humana. Não temos um corpo, somos um corpo! Ele é parte essencial do nosso ser. Somos pessoa. Enquanto pensarmos que ‘temos’ um corpo, reivindicaremos para nós o direito se abordarmos ou usarmos sexualmente alguém.
A comunhão entre as três Pessoas divinas é a imagem e semelhança da comunhão entre as pessoas. Encara responder a essa vocação nossa humana fundamental só existem duas formas: o matrimônio ou o celibato. As variações e riquezas para a sociedade acontecem dentro dessas duas vocações. Os pais e mães de família, os religiosos, os políticos, etc...
Somos seres sexuais, sim, mas muito mais relacionais. O desejo de amar e ser amado é o mais profundo e forte dentro de nós e revela o caráter esponsal do nosso corpo. Não se pode, por exemplo, falar de ‘saúde sexual e reprodutiva’ porque não ficamos doentes por nossa sexualidade, por sermos homens ou mulheres, e porque não reproduzimos, mas procuramos! Amamos e desejamos ser amado, mas o mundo foca apenas na genitalidade.
O sexo é um meio para chegarmos ao fim, ao nosso fim, o casamento místico e a comunhão perfeita com Deus. Nascemos para nos darmos. O amor verdadeiro é doação.

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